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Enviada em: 03/11/2017

Após o fim da segunda guerra mundial, o mundo entrou em um profundo processo de avanços no campo tecnológico. Com isso, nascia, então, a terceira Revolução Industrial, que apresenta como uma das principais características as tecnologias de informação. Entretanto, a era informacional trouxe consigo também as invenções de  Zuckerberg, como o Facebook que, junto às outras mídias sociais, propaga notícias parciais. Nesse contexto, a propagação de informações falsas se mostra um grave problema à sociedade democrática, sob penas de prejuízo à nação.       Segundo o filósofo alemão Theodor Adorno, os meios de comunicação funcionam como uma bússola que norteia a sociedade atual. Sob este ângulo, aliado ao conceito foucaultiano, em que as estruturas linguísticas são capazes de impor verdade aos interlocutores, fontes que veiculam informações infundadas reforçam pontos de vista e motivam as ações dos indivíduos, mesmo sem provas concretas. Nesse aspecto, muitas pessoas são vítimas de falsas notícias e tem sua dignidade fragilizada, como é o caso do comerciante Luiz Aurélio de Paula que, em abril de 2017, teve seu carro incendiado ao ser vítima de um boato sobre ser sequestrador de crianças.         Outrossim, há interesses políticos e econômicos por trás da disseminação de notícias falsas. No âmbito político, vê-se  a vitória de Donald Trump nas eleições americanas de 2016, que foi favorecida pela disseminação de notícias falsas. Isso porque, segundo análises do Buzzfeed News, informações inventadas que beneficiavam o atual presidente dos EUA tiveram maior repercussão do que as notícias reais. Por outro lado, no âmbito econômico, as notícias falsas se tornaram um grande negócio, visto que manchetes bombásticas, com informações inverídicas, geram muito cliques e, desse modo, garantem muito dinheiro para empresas com a publicidade.       Urge, portanto, que a Agência Lupa, primeira em "fact-checking" do Brasil, com apoio do governo federal, promova campanhas midiáticas, sobretudo no horário nobre, com o objetivo de ensinar a população a identificar conteúdos falsos. Além disso, os meios de comunicação, com seu importante poder influenciador, devem realizar uma série de reportagens que mostrem os efeitos nocivos da propagação de notícias falsas na vida de diversos cidadãos brasileiros. Por fim,  sites que transmitem notícias falsas devem ser punidos, por meio de criações de lei que proíbam o feito. Desse modo, a cultura de propagação de notícias infundadas será combatida da sociedade brasileira