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Enviada em: 03/11/2017

A série “Black mirror” retrata um mundo moderno repleto de adversidades providas da tecnologia. Fora da ficção, o Brasil sofre com a era digital devido aos perigos decorridos da disseminação das “fake news” - notícias e informações falsas ou incompletas. Nesse contexto, é primordial entender como a alienação populacional e a velocidade de propagação das notícias sustentam a perpetuação desse impasse.        É indubitável que a alienação propiciada a partir do contato com as “fake news” é imediata, haja vista que, de acordo com o filósofo Friedrich Nietzsche, as relações sociais são regidas por ações reativas. Desse modo, fica claro que os indivíduos não visualizam de forma crítica o conteúdo exposto. Conforme estudos, as pessoas não conseguem identificar imagens manipuladas, assim, a informação falsa disseminada é tomada como verdade, podendo ocasionar consequências desastrosas.       Ademais, outro aspecto que auxilia na manutenção da problemática é a velocidade da propagação das notícias falsas. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, vivemos numa modernidade líquida, na qual toda estrutura social dilui-se, evidenciando a volatilidade. Dessa forma, espalhar notícias e informações incertas torna-se natural e corriqueiro. Com efeito, vale ressaltar que, Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, atribuiu o uso da divulgação de informações falsas com vigor em toda sua campanha eleitoral, ato que, apesar de sua inautenticidade, repercutiu por todo mundo com facilidade em questão de pouco tempo.        Entende-se, portanto, que a disseminação das “fake news” é fruto da alienação e da velocidade de propagação. A fim de atenuar esse problema, o Governo Federal, por meio dos veículos midiáticos, deve difundir propagandas de incentivo à averiguação das fontes das notícias, com o intuito da busca pela veracidade das mesmas. Além disso, cabe ao Ministério da Justiça impor sanções mais rígidas aos emissores das informações falsas. A partir de tais postura tomadas, será possível gradativamente erradicar a problemática exposta.