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Enviada em: 01/11/2017

Segundo o escritor Franz Kafka, a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. No entanto, esse sentimento nem sempre se expressa na sociedade contemporânea. Nesse viés, deve-se analisar os empecilhos que dificultam o processo de ser solidário, como acontece em relação à doação de sangue no nosso país.     Primeiramente, a falta de informação corrobora para o desconhecimento sobre a importância de doar sangue. As campanhas publicitárias não são frequentes e, sem uma maior divulgação à população, o número de doadores faz-se menor do que a real demanda. No estado da Bahia, nos meses de fevereiro e junho, há grande concentração de eventos, como o Carnaval e as Festas Juninas, por conseguinte, maior ingestão de bebidas alcoólicas e motoristas embriagados, o que faz com que os acidentes no trânsito aumentem. Ainda assim, a exposição deste problema pelos meios de comunicação e o incentivo a novos doadores são escassos.    Além disso, a doação de sangue feita por homens homossexuais é marcada por obstáculos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, até o final da década de 90 os cidadãos que tinham relações homoafetivas constituíam o chamado “grupo de risco”, pois, nos anos 80, houve o auge da epidemia do vírus da HIV. Neste sentido, o Brasil excluía a doação de homossexuais que tinham realizado sexo até o prazo de 12 meses. Entretanto, a orientação sexual não poderia nem deveria ser o critério de seleção, mas sim a condição de saúde dos indivíduos, uma vez que a Aids também é transmitida por heterossexuais.   Fica claro, portanto, que para a atenuação da problemática, a mídia deve trabalhar na exposição de dados informativos sobre as campanhas de sangue, seja na televisão e internet, seja em áreas físicas, como outdoors. Ademais, o governo, em parceria com a OMS, deve investir em aparatos tecnológico, para avaliar se o indivíduo é portador de doença, averiguando a qualidade do sangue. Dessa forma, o número de voluntários aumentaria e ajudaria aos pacientes que carecem de transfusão sanguínea.