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Enviada em: 02/11/2017

Era da desinformação      Especulações e boatos são inerentes ao ser humano desde os primórdios. Todavia, o advento da internet e a rápida evolução dos meios de comunicação, possibilitaram que essas informações fossem difundidas rapidamente e de forma mais abrangente. Contudo, esses boatos, na maioria das vezes, não são fundamentados em verdades, podendo, além de propagar desinformação, causar danos à integridade física e moral de terceiros.     Nessa conjuntura, as notícias falsas, propagadas principalmente pelas redes sociais, contribuem para a imbecialização do senso comum. Além de disseminarem falsos alardes, como as diversas manchetes sensacionalistas sobre o fim do mundo, as também conhecidas como fake News, promovem um processo de desinformação e regressão do saber científico. Prova disso, são as inúmeras teorias da Terra plana circulando na internet com o número de adeptos crescendo exponencialmente. Dessa forma, combater esse tipo de notícia é imprescindível para coibir a alienação das massas.      Outrossim, devido ao seu tom de verdade, as informações falsas podem atentar contra a moral e até a vida de indivíduos. Em 2014, por exemplo, uma dona de casa foi linchada até a morte por boatos espalhados através de um aplicativo de comunicação alegando que ela estaria usando crianças em rituais de magia negra. Portanto, tendo em vista essa problemática, seja para difamar um político ou espalhar boatos sobre um cidadão sem quaisquer provas, o compartilhamento desse tipo de notícia deve ser enquadrado como crime grave de calúnia e injuria.      Destarte, para impedir a divulgação de mentiras e os danos por elas causados, os veículos midiáticos, o Estado e a população devem trabalhar juntos. Para tal, é imprescindível que a mídia e o Ministério da Educação criem campanhas nas escolas, TV e, principalmente, nas redes sociais, com o intuito de conscientizar e incentivar a população a checarem a veracidade das informações e denunciarem as que forem falsas. Por sua vez, cabe ao Poder Judiciário e ao Ministério da Justiça, respetivamente, conceber leis com punições rígidas àqueles que compartilham fake news e delegacias especializadas nesse tipo de crime. Com essas medidas, a Era da informação poderá fazer jus ao seu nome.