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Enviada em: 02/11/2017

Segundo o filósofo Jurgen Habermas, os meios de comunicação seriam fundamentais para a conquista da razão comunicativa. De fato, com o advento de aparatos tecnológicos sofisticados, como os telefones móveis, em conjunto com a internet, foi possível a comunicação atravessar fronteiras, sem a necessidade de deslocamento humano. Entretanto, muitos indivíduos têm usado tais ferramentas para disseminar "fake news", o que pode acarretar perigos para a sociedade.     Não obstante Sócrates tenha afirmado, em uma de suas parábolas, que uma informação deve passar pelas “três peneiras”, sendo a primeira a da verdade, a sociedade não tem feito isso. Em virtude do compartilhamento de falsas notícias, muitos mal-entendidos sérios têm sido gerados. Foi o que aconteceu recentemente com o médico Dráuzio Varella. Ele foi vítima da mentira de uma internauta, que o acusou de afirmar que o exame de mamografia poderia gerar câncer. Essa informação errônea pode induzir a não realização do exame.     Outrossim,  muitas pessoas, sobretudo artistas, são vítimas das "fake news". No início deste ano, por exemplo, a atriz Laura Cardoso foi dada como morta nas redes sociais, de forma que familiares e amigos sofreram pela suposta morte, até que a verdade foi descoberta. Além do desconforto gerado, alguém com problemas cardiovasculares poderia ter sido hospitalizado. Isso evidencia a gravidade dos boatos.     Por conseguinte,  fator crucial para inibir a propagação de falsas notícias é a construção de uma sociedade mais crítica, capaz de investigar as fontes das notícias que lê, e mais disposta a denunciar autores de mentiras na internet. Para isso, cabe ao ministério da justiça, em conjuntura com a polícia federal,  criar um site  no qual as pessoas possam denunciar fontes que disseminam "Fake news", garantindo, assim, que os responsáveis por tal prática sejam punidos. Além, a mídia pode contribuir divulgando companhas que mostrem as consequências jurídicas  da prática dessa ação.