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Enviada em: 03/11/2017

Uma das fortes características dos governos totalitários de diversos países no século XX foi a utilização da imprensa para divulgar apenas aspectos positivos dos líderes. A partir disso, é possível notar o poder manipulador da mídia e a realidade de que as notícias nem sempre apresentam a verdade, o que torna indispensável a analise das causas deste problema e o estímulo ao senso crítico da população. Em primeiro lugar, existem diversos fatores que estimulam e motivam o espalhamento das "Fake News". Um deles é que, segundo Focault, todo discurso apresenta fins políticos, logo, no contexto do mundo capitalista e globalizado no século XXI, não é raro encontrar notícias tendenciosas que atendem aos interesses econômicos e políticos de quem a divulga inicialmente. Isto contribui para a alienação do povo, pois muitos acreditam em tudo que é lido e disseminam estas informações, mesmo que não façam parte da parcela beneficiada com as mesmas. Ademais, vale ressaltar que muitas vezes a sociedade não tem o discernimento necessário para reconhecer as inverdades. Consequentemente, os boatos se espalham com mais facilidade, já que, além disso, segundo Adorno e Hockheimer, a Indústria Cultural se utiliza da mídia para massificar os indivíduos. Sendo assim, informações imparciais e incorretas circulam em grande quantidade nas redes sociais, fato comprovado pela pesquisa divulgada pelo site G1, que indica que cerca de 40% da população não sabe diferenciar fotos manipuladas. Em síntese, notícias que não são completamente verdadeiras são amplamente divulgadas e boa parte da população acredita nas mesmas. Portanto, faz-se necessário que a escola, desde o ensino fundamental II, estimule o pensamento crítico sobre o que se lê na internet e escuta na televisão através de aulas de sociologia, nas quais é possível ter exemplos de "fake news" e o professor pode ensinar a reconhecê-la, para que aos poucos a sociedade seja mais informada.