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Enviada em: 02/11/2017

"Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade." Apesar da internet ainda não ter sido inventada na época da frase proferida por Goebbles, chefe de propaganda do partido nazista, ela ilustra o poder que essa ferramente possui no que tange á disseminação de notícias falsas. O contexto contemporâneo brasileiro é marcado, assim como na Alemanha Nazista, pela propagação das "fake news". Nesse cenário, é necessário a discussão sobre essa problemática, com vistas a maior visibilidade na sociedade e a realização de ações governamentais em combate a esse problema.     Em primeiro lugar, é de suma importância analisar e compreender as causas e os reflexos dessa situação no país. O advento da internet outorgou nos indivíduos um alto poder de conhecimento por meio do acesso instantâneo a diversas fontes de informação. Entretanto, a falta de prudência na busca desse saber, pode acarretar graves consequências para a sociedade, visto que qualquer usuário tem o poder de criar alguma notícia e divulgá-la nas redes sociais, podendo ser verdadeira ou não. Conforme demonstrou um relatório do Instituto de Internet de Oxford, notícias falsas são tão compartilhadas quanto as verdadeiras. Dessa forma, o diálogo sobre esse problema se faz pertinente.    Ademais, a ampla transmissão de boatos nas redes sociais está diretamente ligado com aquilo que a sociedade tem afeição. Nessa conjuntura, os indivíduos após acessar todas as informações da internet, tendem a acreditar naquilo que diz respeito ao seu universo. Desse modo, a atualidade é marcada pela era da "pós verdade", em que os fatos importam menos do que aquilo que as pessoas escolhem acreditar, ou seja, são tempos em que a verdade foi substituída pela opinião. Assim como proposto pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em sua obra Modernidade Líquida, o eu absoluto é centralizado e o critério de escolha da veracidade das ações é individual. Nesse cenário, a dissipação de notícias que convém sem a devida autenticidade estabelece um problema ao governo, que necessita implantar ações cabíveis em relação à essa situação.    Em síntese, são imprescindíveis medidas que visem erradicar a disseminação de boatos na internet a fim de salvaguardar a sociedade dos efeitos dessa problemática. Logo, as ONG's sociais em parceria com a imprensa, devem instruir  a população a selecionar fontes confiáveis de notícias por meio de grupos de discussão nas redes sociais, com sugestão de sites confiáveis, com a finalidade de prezar pela informação de qualidade. Além disso, os órgãos de defesa do governo, o Ministério da Defesa e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), precisam criar uma equipe de investigadores, que devem fiscalizar a veracidade das notícias veiculadas na mídia e nas redes sociais, a fim da repudiação a aqueles que veicularem isso. Com tais ações, frases como a de Goebbles, não serão uma realidade.