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Enviada em: 29/01/2018

Há alguns anos a brincadeira popular “telefone sem fio” trazia a tarefa de repassar uma mensagem de um para o outro sem alterá-la. Entretanto, no fim do trajeto a informação já havia sofrido alterações que podiam mudar o sentido ou incrementar algo que não foi dito. Embora divergente ao mundo de diversão, ainda hoje é perceptível a disseminação de informações modificadas, distorcidas ou falsas. Isso ocorre pela falta de atenção no momento de repassar aos outros em saber fonte, motivo e veracidade.          Com o decorrer dos anos a tecnologia, em parceria às grandes empresas criadoras de plataformas digitais, ganharam espaço no meio social, com isso tornou-se comum ter aparelho digital, mais ainda receber informações por meio deles. Haja vista, os receptores virtuais, que nem sempre estão aptos a seleção entre verdade e mentira, encaminham adiante e, em casos, tornam-se vítimas de “fake news”.       Em decorrência, pessoas desinformadas abastecem-se de farsas virtuais e habituam-se com cenários de processos jurídicos, frustrações, discussões e descontentamentos, fazendo assim da sociedade um complexo de compartilhamentos impensados e produção de indivíduos condenados pela prática supracitada. É como dito por Paulo Freire que não existe um saber melhor ou pior, mas existem saberes diferentes, ou seja, os baseados em verdades e os provindos de criações irreais.         Urge portanto que medidas sejam tomadas a fim de mitigar o índice de falsas notícias no meio virtual e real da sociedade contemporânea. Para isso, cabe ao Poder Executivo a restituição do Ministério da Comunicação, para que, junto ao Ministério da Educação, espalhem a necessidade de avaliar uma notícia e/ou informação antes de repassá-la por meio de palestras nas escolas de ensino fundamental a superior. É também papel dos meios midiáticos e das Instituições Religiosas, como grandes influenciadores, convencer o povo à policiar os problemas oriundos do compartilhamento sem conhecimento. Por fim, é possível concordar com Martin Luther King que disse que “toda hora é hora de fazer o que é certo”.