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Enviada em: 03/11/2017

Um mal que nos ameaça   Na era da informação tudo é instantâneo, entretanto, nem sempre o que aparece na tela do computador ou celular é verdade. Nessa perspectiva, tornam-se passíveis de discussão os problemas enfrentados pela sociedade brasileira no que tange aos perigos das Fake News. Logo, coletividade e poder público devem unir forças para combater não só a disseminação de notícias falsas, mas também os seus efeitos na vida da população.   A maior preocupação na era do conhecimento é a propagação de notícias fictícias. Segundo a pesquisa Consumo de Notícias do Brasileiro, quase 80% das pessoas se informam pelas redes sociais. A partir disso, os boatos circulam em um espaço onde entretenimento e fatos se confundem. Ademais, tais notícias recebem a mesma credibilidade e importância que informações de veículos tradicionais como rádio, revistas e jornais. Dessa forma, é preciso evitar que as Fake News se espalhem como uma praga na rede virtual, pois basta um ''clique'' para que elas se disseminem rapidamente sem nenhuma análise crítica dos internautas.   Em paralelo a isso, as notícias falsas trazem impactos negativos na vida do indivíduo. Entre as consequências da repercussão dessas notícias está o seu potencial de destruir reputações e de arruinar os planos de alguém. Uma prova fatal disso é que, em novembro de 2012, um usuário do Twitter publicou uma notícia antiga, de 2009, afirmando que o Exame Nacional do Ensino Médio seria cancelado. Por conta da propagação desse boato, muitos candidatos ficaram aflitos, sendo necessário que o Ministério da Educação divulgasse informações que desmentisse. Então, a falta de verificação da veracidade das informações, como observar a fonte, o autor e a data, antes de repassá-la, traz tristes efeitos na vida pessoal, estudantil e profissional, além de transformar a internet em uma ferramenta nociva e que fere a dignidade humana.   Urge, portanto, que todos os segmentos sociais cooperem a fim de mitigar as notícias falsas e os seus impactos. Para tanto, a participação de instituições formadoras de opinião é de grande importância para ensinar às a analisarem as informações antes de repassá-las, com as escolas realizando palestras e seminários sobre Fake News e as famílias intensificando os diálogos em casa. Além disso, o Estado em parceria com a mídia e ONGs devem fomentar o pensamento crítico por intermédio de pesquisas, projetos e campanhas publicitárias esclarecedoras. Assim, observada uma ação conjunta entre sociedade e Estado, será possível lutar contra as notícias falsas, um mal que nos ameaça.