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Enviada em: 05/11/2017

Durante a idade média, Joana D´Arc foi morta na fogueira pela Igreja Católica, após falsos boatos de ser uma bruxa. Entretanto, apesar de tal fato datar de séculos antepassados, as "Fake News" ainda percorrer na contemporaneidade brasileira, causando transtorno e temor para as pessoas. Nesse ângulo, devem ser analisadas as principais causas dessa problemática.      A princípio, vale ressaltar que as notícias falsas ganham cada vez mais destaque nas redes sociais. Uma prova disso foi o caso da mulher morta no interior de São Paulo, depois que sua amiga espalhou falsos boatos na internet que matavam crianças em rituais, sendo lixada e assassinada pela população local. Análogo a isso, estão cada vez mais frequentes casos como esse, porque muitos vilões da internet criam notícias inválidas, os internautas não verificam a fonte, repassam a matéria e se espalham rapidamente no mundo digital. Dessa forma, não é à toa que Hitler já usava dessa ideologia para promover sua imagem durante a 2° guerra mundial.       Ademais, convém frisar que a mídia é umas das propulsoras do problema. Circulação da fake news tem-se tornado um grande lucro para empresas que utilizam desse artifício, por exemplo, menina cega ganha 0,10 centavos por cada compartilhamento, remédio proibido emagrece muito em pouco tempo e falsos produtos contra a calvície, são manchetes fictícias que estão lucrando em cima do bom senso das pessoas, para venderem suas mercadorias ou divulgarem suas páginas. Dessa forma, conforme afirmava os filósofos Adorno e Horkheimer, o sistema capitalista implanta a necessidade de consumo ligada ao pseudo-felicidade. Parafraseando esse conceito, o tecido social fica alienado, influenciado pelo compartilhamento mentiroso e circula cada vez mais essas manchetes.       Fake News, portanto, representa um impasse no meio social brasileiro. Para tanto, o Ministério da Justiça deve vigorar mais a lei, por meio da implantação de multas ou até mesmo prisão, dependendo da gravidade do caso, tanto para as empresas, quanto para os internautas que cometerem esse crime. Além disso, as ONGs, aliada à mídia, devem criar uma cartilha para conscientizar a população sobre como acessar com segurança na internet, que chamaria "10 dicas de combate às falsas publicações". Nela, os navegantes seriam guiados a olhar a fonte, datas e todas informações importantes da matéria, a fim de comprovar sua vericidade. E, por último, o Poder Legislativo deve investigar todos os casos de grande ou média percussão das fake news, como o ocorrido em São Paulo, para julgar e punir os agressores que estão atrás das telas. Talvez, dessa maneira, as notícias falsas fique apenas no contexto histórico.