Materiais:
Enviada em: 25/11/2017

Quem nunca acreditou em uma informação falsa disseminada por pessoas próximas nas redes, que atire a primeira pedra. O mercado lucrativo de  embustes, assim como Foucault,  entendem que o saber e o poder se inter-relacionam e com isso, conseguem levar muitos leitores ao erro, acarretando problemas sociais gravíssimos, exclusão e violência.   No entanto, apesar da demonstração de insatisfação e prejuízos  de toda a população com o compartilhamento de "hoax", muitas entidades tem usado as notícias falsas como meio de conseguir benefícios e lucro através da manipulação de informação nas redes.  Em 2016, o dicionário anual de Oxford declarou a verbete em inglês "Pós-verdade" a palavra do ano, pelo uso abusivo de mentiras usadas para ganhar a campanha do então presidente americano Donald Trump e para manipular a população britânica durante o referendo do acordo "Brexit", inventando gastos com a união Europeia que não existiam.   Outrossim, apesar da criação de grande parte dessas informações enganosas serem astuciosas e feitas analiticamente para manipulação,  o maior responsável pelos prejuízos é a própria população que, sem educação ou senso de consequência adequados, espalham informações rapidamente sem certificação de fontes confiáveis ou embasamento factual e tomam decisões inapropriadas baseadas nas próprias crenças, como no caso da dona de casa que por de um boato no Facebook, foi morta injustamente no Guarujá por vizinhos que acreditaram que a mesma  fazia magia negra sacrificando crianças.   Destarte, como o uso de mentiras para menear as massas é algo ancestral e possui consequências gravíssimas na história, é necessária a criação um órgão regulador brasileiro que fiscalize o combate de Fake News nas Redes e responsabilize com multas os sites que permitem a disseminação de conteúdo tendencioso, para não somente desacelerar essa tendência crescente em tempos líquidos, mas também educar digitalmente a sociaedade criando jurisprudência.