Materiais:
Enviada em: 22/01/2018

Um "clique" pode matar!       É inegável o fato de que, na sociedade brasileira contemporânea, a disseminação de notícias fakes tem se tornado uma prática comum. Medidas como a criação de leis que tentam combater a execução desses atos, apesar de auxiliarem, ainda são insuficientes e pouco eficazes, a prova disso está na quantidade de atenção que essas notícias recebem.                                                                                      Parafraseando o importante historiador francês Pierre Nora, vivemos em um mundo acelerado, e a  rapidez e quantidade de notícias que nos chegam a todo o momento fazem com que a análise dessas informações fique relegadas a um segundo plano. Ou seja, possuímos muitas informaçõs, mas em contrapartida,  muito pouco conhecimento. O surgimento das redes sociais, a exemplo do Facebook,  contribuem ainda mais para que esses tipos de informações sejam propagadas com uma maior rapidez.                                                                                                                                                              Se vistas de forma rápida, as fakes news podem até parecer inofensivas, mas se dermos um pouco mais de atenção, iremos perceber o quão prejudiciais elas podem ser. O Brasil é um exemplo clássico disso, em 2014 uma dona de casa foi morta pelos moradores da sua própria comunidade por conta de boatos acerca da sua participação em rituais de magia negra envolvendo crianças. As consequências da propagação de notícias falsas são as mais variadas possíveis: depressão, suicídio e até mesmo homicídio, por isso, devemos ter muito cuidado ao compartilhar alguma notícia. Se tomados, alguns cuidados básicos podem/poderiam evitar inúmeras tragédias, alguns exemplos deles são: olhar a fonte da publicação, pesquisar pela notícia em grandes mídias para atestar sua veracidade e ter a consciência de que compartilhar notícias fakes além de prejuciar a vida de outras pessoas pode prejudicar a sua, visto que isso é crime.        O compartilhamento de notícias fakes, portanto, ainda é uma realidade brasileira. O Estado pode contribuir para que isso acabe ao investir em ONGs voltadas ao combate desse tipo de comportamento. Outrossim, ele deve mobilizar campanhas e palestras públicas em escolas, comunidades e na mídia, objetivando a exposição da problemática e o debate acerca dos perigos que essas notícias podem trazer, fazendo assim, o surgimento de uma educação digital. Além disso, faz-se necessário um "endurecimento" das leis, com punições mais severas para aqueles que não as cumprem, para que de fato as fakes news venham a ser consideradas como um crime. É claro que outras medidas podem e devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: "O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação."