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Enviada em: 27/01/2018

Alguns cliques são suficientes para encontrar diversas informações na rede. O que parece inofensivo trouxe um grande problema: as Fake News. São notícias que chamam a atenção pela abordagem apelativa e usam da ignorância das pessoas no uso da internet. O perigo por trás disso consiste na disseminação de ofensas, calúnias, boatos que resultam na formação equivocada de opiniões públicas.      Antes da informática, o acesso às informações era menor, o rádio e a TV eram responsáveis por levar ao público as notícias. Hoje, porém, todos conseguem acessar notícias do mundo inteiro em instantes pelo smartphone. O problema é que a facilidade nem sempre vem acompanhada de verificabilidade e assim a mentira encontra espaço para ser curtida e compartilhada. Os prejuízos são graves como a desmoralização de instituições, pessoas públicas, profissionais.       O dicionário Oxford definiu a palavra pós-verdade como a palavra do ano de 2016, isso porque segundo a definição dela, a verdade perdeu sua importância diante das convicções e crenças pessoais. As Fake News são as responsáveis por dar concretude a essa realidade em que as mentiras disputam com a verdade. Em vista disso, a sociedade começa a estabelecer ainda mais as ofensas, divisões, muros, discriminações como frutos da sua própria ignorância.       Há quem diga que uma mentira dita mil vezes, torna-se verdade. Todavia, pensar dessa forma apenas colabora com a trivialização da autenticidade, prejudicando as relações sociais. A verdade é questão de ética e deve ser valorizada desde a infância, seja na casa, seja na escola, por meio de conversas, aulas, brincadeiras. Ademais, a legislação brasileira deve atuar na punição de empresas, como o Facebook e Google, que se recusam a criar mecanismos de identificação de notícias falsas. Cabe também às pessoas checarem as notícias, antes de visualizar e compartilhar, em sites confiáveis e desconfiar de apelações. Dessa forma, a pós-verdade, será em pouco tempo uma palavra estranha e em desuso.