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Enviada em: 29/01/2018

"As redes sociais deram voz aos imbecis". Tal pensamento de Umberto Eco vai ao encontro da atual disseminação de fake news na internet, que vem levando milhares de pessoas a acreditarem em notícias falsas não só de figuras públicas, como também de pessoas que vivem no anonimato. Com a intensificação do uso das redes sociais, fake news tem servido como meio de manipulação da sociedade e fontes de lucro por páginas movidas á visualizações e curtidas. Com a emergência da pós verdade, quem cria e quem compartilha tais notícias são influenciadas pela emoção e crenças pessoais que afetam mais a opinião pública do que fatos objetivos. Tal fenômeno é antidemocrático, pois priva o cidadão do direito à informação. Pode promover ataques às pessoas mencionadas na notícia, como em 2014, uma dona de casa foi morta por supostamente fazer rituais de magia negra com crianças. Consequentemente, fere a credibilidade da mídia, sendo papel da imprensa separa a verdade factual da mentira. Vivendo em uma sociedade do espetáculo, como dito por Debord, é necessário que a população tenha atenção em relação à fonte de notícia e o quão absurdo a notícia pode soar. Educação digital é de suma importância para que a população seja instruída a identifcar fake news. Quem promove notícias falsas, fere o Artigo 41 da Lei das Contravenções. É responsabilidade do MCTIC, o investimento em tecnologia capaz de criar mercadores para possíveis fake news.