Enviada em: 28/01/2018

O compartilhamento de notícias falsas e disseminação das mesmas por todos os âmbitos da sociedade, não é um acontecimento apenas deste século. No século XX, por exemplo, os representantes de Hitler já espalhavam notícias falsas em suas propagandas propondo que os Campos de Concentração eram a melhor alternativa de lugar para os Judeus e exemplificando seus benefícios para os demais, no entanto, contradizia a realidade.  Na contemporaneidade a chamada "viralização" de notícias falsas está cada vez mais crescente e isso surge paralelamente a necessidade de compartilhamentos rápidos e a instantaneidade das notícias. Não busca-se fundamentos verdadeiros e fontes confiáveis que afirmem a veracidade das informações. A modernidade líquida de Bauman, nos trás parâmetros que mostram a necessidade de "curtidas" que os usuários de redes sociais tem e que acarreta até mesmo a criação de fake news ou pós verdade. Estes fatos ficam piores quando se tratam de pessoas públicas divulgando esses tipos de notícias, como foi o ocorrido nas eleições presidenciais dos Estado Unidos, onde Donald Trump afirmou em seus discursos que o ex - presidente Barack Obama criou o Estado Islâmico. Tal discurso teve tanta repercussão que os eleitores começaram a acreditar e consequentemente influenciou na escolha do candidato da eleição, em que Trump foi eleito.  Urge, portanto, a necessidade de medidas que combatam a disseminação das fakes news. Isso pode ser resolvido a partir da criação de um "fact ckecking" em conciliação com as principais redes sociais, onde poderá barrar as noticias que não tenham um cunho verdadeiro, ou até mesmo propor um questionário aos usuários, antes do compartilhamento, que os ajudaram a perceber a diferença de notícias verdadeiras e falsas. Ademais, o Ministério da Educação em parceria com as escolas e os meios de comunicação poderia criar palestras e projetos em rede nacional que conscientizem os jovens e adolescentes a buscar fontes confiáveis de notícias antes do compartilhamento das mesmas.