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Enviada em: 28/01/2018

Não é de hoje que informações falsas disseminadas como verdadeiras fazem vítimas. Na Idade Média, a difusão de notícias distorcidas e fantasiosas a respeito de mulheres tidas como bruxas teve consequências nefastas. Atualmente, com a popularização da internet e das redes sociais esse tipo de problemática se torna ainda mais grave devido à velocidade com que esses boatos se espalham.      Atualmente, apesar da facilidade de se checar fontes e comparar informações através do Google, sites de notícias renomados ou pelos meios de comunicação de massa,  geralmente, as pessoas não costumam  verificar a veracidade dos fatos antes de compartilhar. Isso pode culminar em eventos trágicos como o  caso em que populares, instigados por uma notícia falsa, espancaram até a morte uma dona de casa no Rio de Janeiro, acusada erroneamente de praticar rituais macabros com crianças.    Dentro desse contexto,  o neologismo "pós-verdade" nos ajuda a entender porque a fake news tem tanta força, mesmo nos dias atuais. O termo  explica que as emoções e as crenças pessoais afetam mais a opinião pública do que os fatos objetivos. Ou seja, as pessoas acreditam naquilo que elas querem acreditar.       Ademais, os esforços para desmentir uma notícia falsa são infinitamente superiores aos de disseminá-la, e nem sempre alcançam êxito. Dessa forma, é de grande importância que o Poder Legislativo crie uma lei que tipifique penalmente os atos de divulgar ou compartilhar informações mentirosas, inibindo a ação de pessoas mal intencionadas, principalmente daquelas que produzem a fake news.      Além disso, educação digital é de suma importância para combater a disseminação de boatos. Pessoas educadas digitalmente aprendem a desconfiar de notícias sensacionalistas e de títulos absurdos. Dessa forma o pensamento do filósofo grego Aristótele se mostra  muito atual ao dizer que a dúvida é o princípio da sabedoria.