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Enviada em: 23/01/2018

Com o aumento do uso das redes sociais, manchetes que possuem apelos ideológicos ou sensacionalistas tem conquistado cada vez mais cliques e compartilhamentos na internet, mesmo quando o texto em questão não trata de uma verdade. Surgem a cada dia novas páginas buscando avidamente público, lançando mão das fake news como ferramenta de atração. Fenômeno não tão recente, as notícias falsas tiveram nos últimos anos uma grande expansão, indo do extremo sensacionalismo ao tratar da vida de uma celebridade até o viés político visando votos e desmoralização de adversários. Nas eleições passadas na América do Norte, seguidores do então candidato Donald Trump criaram um verdadeiro exército de divulgação de calúnias contra sua adversária Hillary Clinton. A consequência de tal atitude foi o desgaste da imagem da democrata, a vitória do republicano, e um sinal de alerta aceso nas democracias do mundo. No Brasil, as fake news se encontram principalmente em jornais impressos de cunho popular contanto histórias por vezes fantasiosas e cômicas. Porém com a aproximação das eleições e com a polarização político-ideológica que toma conta do país, cresce o temor de que as notícias falsas ganhem espaço nas campanhas dos candidatos  mirando desarticular seus concorrentes, afetando a qualidade dos debates em torno dos problemas da Nação. A cada um de nós cabe o hábito de uma leitura mais crítica e menos passiva das informações que nos chegam. A grande imprensa e os veículos de comunicação de massa devem reafirmar seus papéis de informar e esclarecer com qualidade. O Poder Público deve fiscalizar e punir sites e pessoas que se utilizem de inverdades para atacar outrem ou promover desestabilização da sociedade e investir em uma educação libertadora, para que não somente as fake news percam espaço, mas também para que a sociedade se torne mais respeitosa e coerente.