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Enviada em: 26/01/2018

"Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade". Com essa frase, o ministro de propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, resume a consequência trágica da divulgação de notícias ilegítimas. Dessa forma, vivendo-se em um período de revolução da comunicação, fruto da era digital, o compartilhamento das "fake news" torna-se demasiadamente progressivo e, consequentemente, severos problemas sociais são gerados.       Nesse contexto, um episódio marcante da história brasileira, o caso da escola Base, revela a intensidade do caos causado por uma mentira explícita na mídia. Polêmico, o evento foi divulgado pela imprensa em todo o país de forma precipitada, acusando um casal, dono de uma escola particular, de estupro de crianças. Desse modo, sem qualquer chance de defesa, ambos tiveram suas vidas arruinadas e a escola fechada. Esse e muitos outros fatos semelhantes ocorrem constantemente no Brasil, não só ferindo a moral de diversas pessoas, como também colocando-as em perigo em face de uma sociedade extremamente discriminatória.       De outra parte, um dos principais motivadores de notícias mentirosas e sensacionalistas é o comércio de cliques na internet. Com isso, através de manchetes chamativas, os sites recebem maior número de  visitantes, elevam as visualizações da página virtual e então aumentam os ganhos financeiros com publicidade. Sendo assim, esse mercado de cliques na internet incentiva a criação de informações apelativas, corroborando para situações de injustiças, movidas pelo interesse individual midiático, e prejudicando a coletividade.       Cabe, portanto, ao poder legislativo, a criação de uma lei que submeta os sites a mecanismos de avaliação, assim, o cidadão poderá pontuar a página, o que resultará na diminuição dos lucros de sites maliciosos, desestimulando a propagação de conteúdos falsos. Ademais, o Ministério da Educação deve atuar instituindo nas escolas palestras dirigidas por professores de informática e pessoas que já foram prejudicadas pela situação em questão, afim de promover uma educação digital que instrua e incentive os indivíduos a buscar as fontes das informações e não compartilhar aquelas que forem duvidosas. Somente assim, será possível contornar a reflexão de Goebbels e viver a revolução da comunicação de forma plena, justa e benéfica a todos.