Materiais:
Enviada em: 26/01/2018

"No inícios dos tempos, Eva foi tentada a colher uma maçã do jardim do Éden, induzida por informações falsas divulgadas pela serpente" - exemplo utilizado pelo Papa Francisco, para mostrar o que ele acredita ter sido a primeira "fake news". Na atualidade nota-se uma difusão acelerada de notícias falsas, devido a facilidade proporcionada pelas novas plataformas de informação. Visto isso, faz-se necessário a criação de formas para se evitar essa disseminação e a impunidade dos que a fazem.      Notícias falsas tiveram 8.7 milhões de compartilhamentos no facebook, no ano de 2017, enquanto as notícias convencionais obtiveram 7.3 milhões, dado divulgado por Craig Silverman (editor/fundador da empresa de notícias digitais Buzzfeed). A divulgação de "fake news" pode servir para atingir objetivos específicos e manipuladores, como influenciar decisões políticas e servir a interesses econômicos.      Outro agravante da divulgação de "fake news" é a capacidade com que estas tem de deslegitimar algo ou alguém, provocando danos, muitas vezes, irreversíveis. Um exemplo foi o caso que aconteceu em 2014, no Guarujá, onde uma dona de casa foi espancada até a morte pela população, devido a o surgimento de um  boato na internet, na qual, a mesma era acusada de sequestrar crianças para sacrificar em rituais de magia negra.     A divulgação de notícias falsas é um problema que tem se tornado recorrente nos meios de informação, e é possível notar prejuízos provocados pela mesma, na sociedade. Diante disso, a imprensa deve atuar a fim de separar a verdade factual da mentira. É importante também a colaboração do público, no sentido de não compartilhar notícias sem antes checar a veracidade das informações. O Congresso Nacional também deve atuar de forma a propor uma nova legislação para combater as "fake news".