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Enviada em: 16/08/2018

O modelo de produção fordista tinha como objetivo produzir mais em menos tempo, o que aumentou a oferta e diminuiu os preços. A partir disso, o consumismo e a ostentação se tornaram valores sociais, sendo a última considerada por muitos como prejudicial por deixar as pessoas vazias e inconsequentes. Isso ocorre por conta de sua origem histórica e da mídia.      Em primeira análise, pode-se citar, como início da exposição de luxos, o costume dos reis absolutistas de esbanjar suas riquezas, enquanto que os servos só podiam observar. Atualmente, o cenário é diferente, pois as classes menos favorecidas conseguem adquirir produtos caros por meios ilícitos ou endividamentos, na maioria das vezes, justamente pelo desejo de se equipararem aos mais ricos. Dessa forma, acabam trocando o "ser" pelo "ter", o que, segundo Bauman, é consequência da modernidade, a qual muda todo o comportamento do ser humano, tornando-o mais vazio e sem caráter. Com isso, observa-se que a ostentação é usada como um meio mais rápido para a inclusão social, tantas vezes negada aos mais pobres.      Somado a isso, há uma grande influência da mídia, que é vista por Adorno e Horkheimer como peça essencial da Indústria Cultural, a qual oferece produtos que promovem uma satisfação compensatória e efêmera às pessoas. Assim, ao consumir tal propaganda, criam uma mentalidade baseada em valores queridos pela indústria e esquecem outros que formam caráter. Além disso, a formação cultural é pouco consistente, basada somente no consumo da cultura de massa, tornando-os menos críticos e alienados ao poderio da elite socioeconômico.      Infere-se, portanto, que o Ministério da Cultura deve promover eventos nas escolas, ruas e locais de trabalho que ajudem na formação cultural consistente de todos, como shows de músicas diversos, peças teatrais e exposições de arte interativas, visto que têm grande poder transformador. Além disso, deve exigir que a mídia não exiba somente cultura de massa, mas também outros variados, por meio de decretos feitos em parceria com o poder legislativo. Tudo isso para que as pessoas tenham formação cultural diversa e não se baseiem em valores pouco construtivos.