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Enviada em: 02/08/2018

Com a ascensão do funk carioca, a cultura da ostentação difundira-se por todo o país. De fato, mesmo a população da baixa classe não deixara de ostentar produtos caros- uma vez que o mercado facilitou seu acesso, evidenciando o consumismo presente na sociedade do século XXI, mas que, certamente, existe há muito tempo. A priori, é válido salientar que a cultura da ostentação não é um valor que nascera no século atual. Durante todo o período imperial egípcio, desde 2015 a.C, os faraós competiam entre si sobre quem construiria a pirâmide mais luxuosa; a monarquia francesa, no século XVI d.C, foi marcada pela extravagância dos nobres em seus banquetes e vestimentas, como Maria Antonieta. Evidentemente, durante todo o seu período existencial, a raça humana sente a necessidade de ostentar seus bens materiais para mostrar sua soberania, de maneira que ainda encontra-se presente na sociedade hodierna, sendo que, agora, esse estigma atinge também as camadas sociais mais baixas. Sob outro ângulo, é conveniente analisar que, no mundo em que prevalece o capitalismo, o consumismo é, em demasia, exaltado. Nesse viés, é incontrovertível que a mídia- como programas de televisão ou internet, corroboram para isso, uma vez que servem de veículo para a divulgação de produtos, influenciando as milhares de pessoas que as acompanham. Assim, torna-se comum o endividamento na compra de produtos caros, ou o uso de falsificações, uma vez que o nome da marca prevalece sobre a qualidade, tornando evidente o que Karl Marx chamou de “Fetichismo da Mercadoria”, no qual a mercadoria é apresentada como além de um simples objeto, e sim algo que dará ao indivíduo status e poder. Destarde,é evidente que o ato de consumir tornou-se uma ideologia consolidada, tornando necessário que a instituição escolar atue na questão. Desta forma, é mister que o MEC (Ministério da Educação) atribua maior importância às aulas de Sociologia, reservando mais aulas a essa disciplina, bem como um maior aprofundamento sobre o assunto da modernidade e seu consumismo; além do estímulo a debates sobre o tema, no intuito de formar um senso crítico nos jovens para não serem manipulados pelo capitalismo, para que, então, a cultura da ostentação seja finalmente liquefeita.