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Enviada em: 24/07/2018

A dualidade existencial        No mundo contemporâneo, ter assemelha-se ao bem estar social. É como que a imposição de uma condição à felicidade. Contudo, há tempos, era perceptível que, embora não existisse tudo o que a tecnologia proporcionou com o passar dos anos, a felicidade já era ocorrente. Hoje, tida por consequência do preenchimento do vazio existencial, a população encontra-se em crise com si próprio e, com isso, têm apresentado quadros de solidão, angústia, ansiedade, depressão, frustração, instabilidade e comprometimento do desenvolvimento social, intelecto, profissional e existencial.      É notável ao acompanhar o longa-metragem Passageiros, estreado em 2016, onde dois dos personagens, Jim e Aurora, enviados para habitar outro planeta acordam 90 anos antes do programado e percebem quem nada têm além de um ao outro e si mesmos. É por meio desse reconhecimento que a busca pelo desenvolvimento da inteligência emocional se torna eficaz, entretanto muitas crises econômicas ou emocionais acabam por conduzir um indivíduo à sensação de esvaziamento. Daí surge a necessidade da prática da maiêutica definida por Sócrates nos tempos medievais, onde a verdade oculta é o conhecimento de si que conduz à verdade.         Dessa forma, o ser emerge-se e ocupa o espaço então habitado pelo consumismo, e demonstra ao que descobre a futilidade do poder de compra e a representatividade de viver sob as condições reais de felicidade provocadas pelo prazer de saber quem é, o que o faz feliz e como encontrar-se com os desejos interiores. Porém, quando não exercido com frequência, problemas psíquicos, como os já citados, podem aparecer e desenvolverem novas patologias e provocarem um desequilíbrio existencial e afetar as diversas áreas que compõem a formação de um ser, sejam elas racionais, sejam emotivas.        Sendo assim, é necessário que sejam tomadas novas medidas para que a sociedade encontre a saúde necessária para obter o equilíbrio entre o ter e o ser. Assim, é papel das instituições sociais, como a Igreja e a Família, estimularem a prática diária do auto conhecimento por meio de meditações, equilíbrio espiritual, busca por atividades capazes de gerar felicidade e gratidão, para que o encontro de si seja capaz de revelar o sentido da vida, erradicar o vazio interior. Ainda é preciso que o Ministério da Saúde ofereça às Unidade Básicas de Saúde profissionais qualificados na área terapêutica a fim de trabalhar traumas, frustrações evitando novos casos de depressão no meio social moderno.