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Enviada em: 15/10/2018

Reutilizar, reciclar e reduzir      No livro Capitães de Areia, de Jorge Amado, o personagem Gato é sempre  caracterizado como um galã bem vestido. Tal pragmatismo não se restringe, apenas, as obras literárias. No século XXI, a ostentação se tornou um valor errôneo. Por isso, deve-se minimizar a potencializadora da problemática: a mídia.    Em primeira análise, pontua-se que a vida de luxo sempre foi vangloriada, mas a mídia contribuiu na supervalorização. Na antiguidade, os reis absolutistas viviam uma vida luxuosa em castelos exuberantes. Atualmente, com o surgimento da TV e da internet, surgiu o consumismo exacerbado. Nesse contexto, urge o poder persuasivo da publicidade e da propaganda. Sem dúvidas, os tempos de Modernidade Líquida, termo criado por Bauman, se fixaram na sociedade contemporânea.     Ademais, a ostentação se tornou um modo de vida. Nas favelas do Brasil,por exemplo,  correntes no pescoço e tênis de marca se tornaram um capital simbólico. Além disso, letras de funk exaltam o consumismo. Na música de MC Daleste é citado que " a ostentação é fora do normal". Por meio disso, nota-se como o rádio, a televisão e a internet aumentaram, progressivamente, a ideia de que os bens supérfluos são um estilo de vida.       São imprescindíveis, portanto, medidas para atenuar o impasse. O Ministério da Comunicação deve medir o grau persuasivo das propagandas, por meio de avaliações criteriosas realizados por fiscais e jornalistas. Dessa forma, evitará o consumismo e a ostentação. Outrossim, a sociedade deve valorizar a sustentabilidade, em vez do consumo,optando pela reutilização de roupas e sapatos de bazares. Assim, pregará um valor harmônico entre homem/consumo/natureza. Por conseguinte, a sociedade terá cada vez menos personagens como o Gato e mais personagens que valorizam os 3R's—reutilizar, reciclar e reduzir.