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Enviada em: 23/10/2018

Desde a Segunda Revolução Industrial, impulsionada pelo modelo de produção Fordista, o consumo foi materializado, principalmente, aos trabalhadores das grandes indústrias com o propósito do ciclo comercial. Assim sendo, com a forte manipulação, a finalidade do trabalho culminou-se em adquirir os produtos inovadores do mercado. Consoante ao exposto, no Brasil, a cultura do consumo cresce exponencialmente com a imposição de estereótipos pela indústria cultural, o que gera um comércio a seu favor, e a sociedade a procura da felicidade.     É indubitável, que a mídia é uma importante ferramenta para a democratização do acesso a informação e dos conteúdos culturais. Porém, consoante a Theodor Adorno, “O consumidor não é soberano, como a indústria cultural quer fazer crer, não é o seu sujeito, mas o seu objeto”, esclarece o objetivo financeiro das empresas. Outrossim, impulsionado pelo interesse comercial das indústrias – produtos tecnológicos, automóveis, vestiários - que acabam por levar as pessoas a esquecerem seus valores e se percam na estratégia capitalista. Dessa forma, a máquina é capaz de instigar os desejos mais profundos nas mentes humanas, despertar a competitividade baseada na demonstração do poder de compra, relacionando-os com poder e prosperidade.     Concomitantemente a isso, a população vive a utopia da felicidade baseada no materialismo imposto culturalmente. Ademais, como dizia Diógenes, “O homem para ser feliz deve ter independência dos bens materiais e do sentimento de pertencimento a grupos sociais”, destaca-se pela visão do primordial e a capacidade de identificar a superficialidade das coisas fúteis. Analogamente, o emaranhado de ideias que propagam e relacionam as funcionalidades dos produtos inovadores com as realizações pessoais, culmina no abismo encontrado logo após a aquisição. Dessa forma, o individuo identifica que o produto não sanou seus anseios, porém, em sua grande maioria, continua na busca incessante e equivocada pelo sumo bem.     Evidencia-se, portanto, que a cultura capitalista aliena o raciocínio humano e limita o olhar no tocante da realidade. Logo, o Governo Federal, junto com o Ministério da Educação, deve atuar em prol da desmitificação de conceitos materialistas, por meio das escolas, com a abordagem do tema em seus espaços, difusão de reflexões, projetos pedagógicos que contemplem ações como: oficinas e palestras. Igualmente, com a estruturação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), para monitorar conteúdos tendenciosos na mídia – TV, rádio e jornais -, assim como utilizar a mesma para difundir vertentes voltadas para os valores coletivos sociais. Em suma, a ética vencerá a inércia e com seus devidos movimentos resultarão em bons frutos à população.