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Enviada em: 19/10/2018

O sociólogo, Max Weber, já afirmava que não só o detentor de riquezas é privilegiado com status, mas também quem se aparenta usufruir dele. Nesse contexto, percebe-se que em um sociedade contemporânea cada vez mais capitalizada e uma cultura musical que incita o consumismo como visibilidade social, tornam-se fatores intrínsecos para legitimar o novo valor hodierno, a ostentação.    Em primeira análise, cabe pontuar o pensamento do sociólogo Émile Durkheim, o qual aborda que a sociedade tem um caráter "coercitivo" no comportamento do indivíduo que compartilha esse meio. De maneira análoga, o meio social é cada vez mais inclusivo as pessoas que usam roupas e joias elitizadas, contudo, esse padrão impacta demasiadamente a classe pobre, que buscam a todo custo está inserida nesse quadro comprando essas mercadorias de luxo, não condizentes com seu poder aquisitivo. Consequência disso, é o crescente número de pessoas inadimplentes no Brasil, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito - SPC- 30% da população do país, está endividada por conta do consumo de tais produtos. Dessa forma, vê-se que a própria conjuntura social gera esse movimento da ostentação, assim, medidas são necessárias para coibir tal manifestação depreciativa do valor do ser humano.    Ademais, convém frisar o que diz o filósofo Antônio Gramsci, o poder de incutir valores se dá também no campo cultural. De maneira semelhante, o funk é o principal incentivador da ostentação, comprova-se isso por meio das canções desse estilo musical que a todo momento faz apologia as marcas de carros, de roupas e joias de grandes empresas conhecidas pelos altos valores agregado aos seus produtos e não acessíveis a todos. Nessa conjuntura , percebe-se que tal manifestação artística se perpetua como uma dos principais motivadores para ostentação na sociedade, assim, alternativas fazem-se necessárias para reverter esse quadro.     Fica claro, portanto, as consequências advindas desse novo valor presente na hodiernidade. Dessa maneira, a mídia poderia criar propagandas valorizando indivíduo enquanto ser, independente de convenções sociais, a fim de conscientizar o homem da sua importância. Outrossim, o Ministério da Educação em parceria com a iniciativa privada devem criar cursos gratuitos de administração de curta duração, afim de ensinar a população a gerir seus recursos financeiros para evitar a inadimplência. As escolas poderia debater com seus alunos através de palestras, as inúmeras ideologias capitalistas que buscam persuadir o indivíduo a segui-las, com finalidade de aumentar o senso crítico dos discentes frente a situação.