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Enviada em: 02/11/2018

No conto “Aqueles que se afastam da cidade de Omelas”, de Ursula K. Le Guin, vê-se uma sociedade utópica que carece do sofrimento de uma criança para continuar sendo “perfeita”. Haja vista, a reflexão do ter e do ser é fundamental para que, assim, se possa avaliar e retificar.    Sob esse viés, convém ressaltar que outrora o fator preponderante foi satisfazer as nossas necessidades - não obstante, vivemos numa cultura que transformou tudo em excesso o que não é muito natural. O consumo excessivo trouxe não somente ansiedade, como também a necessidade de se ter aquilo que não se precisa; o indivíduo não vive para si, mas sim para a sociedade em que está inserido.    Nessa perspectiva, salienta-se também que, consoante ao conceito Ouroboros - "aquele que devora a própria calda" - a cultura capitalista sempre caminha para o mesmo lugar, sempre voltando às origens e arquitetando novas formas para a aquisição de coisas novas. Bem como no conto acima, onde as pessoas que veem a criança que sofre ficam: com um vazio no peito; mostrando, em verdade, que o consumo não preenche a angustia, como nos argumentos citados, é um infinito.    Diante dos fatos supracitados, é necessária a resolução desse quadro, a urbe deve quebrar barreiras como feito no Mito da Caverna, de Platão. Com efeito, o Governo deve investir em projetos como o Box1824, que tem como ideia principal o "Lowsumerism" - consumir menos, reutilizar, viver do necessário. A fim de que, por webconferências nas redes dos ministérios, seja divulgada e efetivada.