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Enviada em: 08/04/2017

Felicidade na admiração alheia  É fato que o amplo acesso às variadas fontes de informação, tecnologia, cultura e lazer está cada vez mais caro e, portanto, restrito às elites. É nessa tentativa de poder usufruir dessas fontes que surgem novos formas de expressão social, tal como os rolezinhos e o funk ostentação, os quais refletem os anseios dos jovens em poder viver tudo aquilo que a mídia e as redes sociais tanto ostentam diariamente.   No sistema produtivo vigente, em que a ideia de que o consumo é a principal maneira para se alcançar o prazer e o sucesso, a ostentação tornou-se somente uma exacerbação de um valor, já presente na sociedade, no qual o indivíduo busca demonstrar seu poder de compra aos demais. Para obter adeptos agrega-se à aquisição de artigos de luxo não somente a obtenção de um novo objeto, mas também, a experiência de viver um tratamento dispensado a poucos ou a possibilidade de ser admirado pela sociedade como alguém diferenciado dos demais.   A possibilidade de viver essa experiência atrai homens há séculos porque aflora uma característica inerente a todo ser humano: a vaidade. Essa enaltação dos outros estende a sensação boa do momento da compra e torna, para muitos indivíduos, sua principal fonte de satisfação, mesmo que para isso seja necessário endividar-se ao adquirir o novo modelo do "smartphone", roupas de marca de luxo ou carros importados.   Assim é necessário construir novas formas de prazer aos jovens, tais como a promoção de eventos culturais semanais em espaços que tenham a infra-estrutura física e a segurança pública garantidas pelo poder público municipal; bem como ampliar o programa de educação financeira no ensino fundamental e médio à todas as escolas públicas do país. Então, buscando proporcionar novas fontes de prazer pode ser que haja maior produtividade e melhora na qualidade de vida dos jovens brasileiros.