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Enviada em: 18/06/2017

Com a Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, as relações de consumo na sociedade foram alteradas. Na contemporaneidade, a excessiva valorização dos produtos comercializados configura uma realidade marcada pela ostentação. Fatores de caráter econômico, bem como educacional, expressam a urgência de mudanças na forma de se consumir.    É importante pontuar, de início, a influência do atual modelo de economia nesse fenômeno. À guisa do materialismo histórico proposto por Marx, em que os meios de produção determinam o padrão de vida de uma sociedade, o capitalismo estabelece uma forma de consumo exagerada, modificando os valores sociais. Tal fato pode ser ratificado pela indústria de propagandas que, além de estimular a compra, aproxima as virtudes da sociedade ao consumismo.    Outrossim, tem-se a negligência acadêmica quanto a essa novo modo de consumo. Conforme o pensamento kantiano, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, e as escolas brasileiras falham no ensino aplicado ao se omitirem frente ao consumismo. A ausência de uma abordagem eficaz pelo meio estudantil fomenta essa prática entre os cidadãos, já que, segundo o site Globo, 30% dos consumidores ainda compram bens que excedem seu limite financeiro.    É notória, portanto, a relevância de fatores econômicos e educacionais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe à mídia, enquanto difusora de novos comportamentos e opiniões, orientar a população quanto ao consumo consciente. Essa medida deve contar com propagandas educativas nas rádios e televisões, além de campanhas na internet sobre o tema, a fim de minimizar o consumismo entre os brasileiros. Paralelamente, as escolas, em consonância com as famílias, devem proporcionar à juventude uma educação financeira que supere a prática de consumo exagerado. A ideia é, a partir de debates e palestras nas salas de aula, somado a diálogos esclarecedores em casa, destacar na sociedade a importância da consciência nas compras e da valorização do “ser”, em detrimento do “ter”.