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Enviada em: 26/06/2017

Dilemas modernos     Segundo o sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, a sociedade do século XXI é marcada pela "modernidade líquida". Realidade caracterizada pela fragilidade, imediatismo e capitalização das relações. Nela, os meios de comunicação e as redes sociais estimulam absurdamente o consumo, com imagens e propagandas a cada segundo. Contribuindo para o exibicionismo social e criando uma comunidade onde ter é mais importante que ser.     Esta crise de valores é consequência da ascensão capitalista, que estabeleceu uma sociedade de consumo com princípios "líquidos" distorcidos, em que a imitação de comportamentos e o desejo pela aquisição de produtos efêmeros é muito maior do que a real necessidade. Para Émile Durkheim, trata-se de uma patologia instalada no organismo social, pois assim como um organismo vivo, a sociedade precisa  do pleno funcionamento de todos os órgãos para se manter estável e saudável.       Além disso, a ostentação gera outros agravantes e concebe novas patologias. Conforme pesquisas, os hábitos de consumo descontrolado prejudicam a renda familiar de muitos cidadãos, que para adquirir o bem, excedem os limites financeiros, financiam ou parcelam suas compras, sem muitas vezes terem a condição financeira para o fazer. Desestruturando a receita doméstica e comprometendo o bem estar familiar.       Dessa forma, resolver esse dilema consumista é o remédio para tratar a patologia social. Assim, o papel da escola é fundamental para a educação financeira e percepção de valores, não só econômicos como também morais, dos jovens e crianças que estão expostos ao turbilhão de desejos difundidos pela mídia. Outra medida, é a implementação pelo Ministério da Cultura de políticas promovendo leituras de clássicos da sociologia e da filosofia para que a percepção dessa realidade seja notada e não mais propagada sem pensar. Pois de acordo com o líder sul africano, Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo.