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Enviada em: 30/07/2017

O filme brasileiro Até que a morte nos separe conta a história de um casal de classe média baixa que ganha na loteria e, assim,  supre seus desejos ao gastar o dinheiro em coisas supérfluas, como consequência, fale no final. Desse modo, ao analisar a realidade percebe-se que a ostentação, derivada do consumo exagerado, está presente na sociedade moderna e traz como resultante pontos negativos para a vida econômica e social do indivíduo. Em virtude disso, é imprescindível refletir como a formação histórica e o subconsciente humano proporcionam o problema.       Em primeiro lugar, é importante ressaltar como a organização social ao longo da história provocou a questão. A partir da Revolução Industrial e do processo de globalização os produtos ganharam novas facetas, com o objetivo de nortear o consumo. Segundo Adorno e Horkheimer, a Industria Cultural proporcionada pela mídia, atua ao oferecer produtos que promovem uma satisfação compensatória e efêmera, que agrada aos indivíduos.       Além disso, nota-se, ainda que o homem é um ser naturalmente consumista. De acordo com a escola filosófica epicurista, o indivíduo busca sempre saciar seus prazeres não necessários, assim, ao incluir-se no meio moderno capitalista, utiliza do consumo para exibir-se na sociedade. Como resultado, a cada ano a taxa de endividados aumenta, somente em 2016 um crescimento de 3,5% em relação a 2015, conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens.       Fica claro,portanto, que as mudanças na sociedade e os instintos dos indivíduos constituem o quadro. Assim, é notório que ações afirmativas sejam realizadas, logo, o Ministério da Educação deve incluir no currículo obrigatório escolar disciplinas que visem a educação financeira, ao promover debates e palestras em salas de aula, como o objetivo de formar cidadãos responsáveis com o dinheiro. Ademais, o Ministério do Orçamento deve promover campanhas informativas acerca das consequências da utilização irresponsável, para que iniba o endividamento.