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Enviada em: 23/08/2017

Com o advento da era digital e do consumo, estabeleceu-se no Brasil do século XXI, fruto dessa associação, a ostentação como um valor. Nesse contexto, a mesma deve ser combatida porque ilude e exclui aqueles que por alguma razão não conseguem fazer parte desse padrão.   É pertinente considerar o papel coercitivo da sociedade. Para Durkheim, a consciência coletiva é capaz de coagir os indivíduos a se comportarem de acordo com as regras de conduta prevalecentes. Nesse sentido, impera no Brasil – devido a um forte apelo publicitário – um padrão ilusório que associa diretamente felicidade e consumo. Assim, devido a essa coletividade, gera-se um ciclo vicioso de consumo e autoafirmação, comprovados pela superexposição na internet.  Em decorrência disso, observa-se uma segregação com sérias consequências. O apelo ao consumo é uma questão histórica, podendo ser constatado no “American Way of Life” latente no século XX. De maneira análoga, hoje, há uma necessidade tão forte de consumo que aqueles que não podem veem-se constrangidos a tomar medidas extremas como endividamento e banditismo. Dessa forma, deve-se buscar não excluir a sociedade por padrões de consumo supérfluos.  Faz-se evidente que a ostentação é um valor a ser combatido pois causa segregação e criminalidade. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Educação crie uma cartilha educacional que incentive o consumo sustentável e responsável, preparando os jovens à vida adulta. Ademais, cabe às ONGs realizarem reuniões em comunidades que debatam a questão da ostentação, proponham alternativas mais saudáveis e ensinem educação financeira. Desse modo, diminuir-se-ia a necessidade de possuir cada vez mais, além da exclusão e da criminalidade que dela decorrem.