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Enviada em: 26/10/2017

O documentário de Annie Leonard, produtora americana, A historia das coisas ,expõe que a partir do advento do capitalismo e da globalização, a aquisição de objetos sem necessidade e a devastação ambiental é proporcional ao avanço do consumismo. Analogamente ao pensamento de Annie,é incontrovertível que a ideologia do status social é fator primário na busca pela ostentação e pela disseminação do consumo desenfreado.Contudo,alguns grupos que permanecem na margem da sociedade sentem-se oprimidos e almejam ser inclusos na sociedade por meio da compra.  Em primeira análise,é indubitável que os fenômenos liberais motivaram a procura da hierarquização dos indivíduos e das classes e, assim sendo, contribuíram para a estigmatização social e o dispêndio supérfluo de diversos produtos.Sob tal ótica,o sociólogo francês,Jean Baudrillard,declara que o consumo já não tem a ver com a satisfação dos princípios básicos humanos.Por conseguinte,as comunidades globais se mantém vivas através das propagandas e não se importam com a sobrevivência, mas com a aparência e estereótipos.Com isso, milhares de famílias que não dispõem de uma renda favorável consomem além do que deveriam e seus cotidianos são pautados no labor e na compra de bens desnecessários. Nesse viés,o conteúdo midiático é alienante e transforma o cidadão em uma evidência cosmopolita .  Em segundo plano,é importante salientar um novo estigma para o fenômeno do consumismo,tendo em vista a obtenção de marcas e objetos para suplantar a ótica imperialista da concentração de renda.Dessa forma,consoante ao pensamento do escritor uruguaio,Eduardo Galeano,a população marginalizada é excluída da sociedade por não deter o poder de compra,logo essa massa coloca suas melhores roupas e migra para os grandes centros com o intuito de superar a ditadura do consumo.Dessarte,a ostentação no funk brasileiro e em outras manifestações culturais é fomentada pela descaracterização da camada mísera e fundamenta a equidade perante a desigualdade na modernidade líquida.  Portanto,tornar-se imperativo mudanças precisas para transformar o consumo humano em desenvolvimento saudável.Nesse ínterim,é imprescindível a união entre as Corporações mundiais,por meio de ações dos veículos de comunicação,para promover diálogos entre os grandes empresários , amenizar o consumismo sem consciência e aderir um planejamento sustentável que inclua benefícios tanto para o consumidor quanto para a natureza.Desse modo, a resolução tem o fito de mitigar a marginalização e incluir organismos que fogem desse paradigma por intermédio da ostentação.Nessa perspectiva, o documentário poder-se-á ser uma utopia e não uma realidade irrefreável.