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Enviada em: 04/11/2017

Desde a queda do Feudalismo, ainda no século XV, o modelo capitalista tem ganhado força. No contexto atual, esse sistema marcado pela desigualdade intensificou-se ainda mais, graças a elementos como a cultura consumista, a ostentação, além do imediatismo que muitos possuem. Em primeiro plano, a atual cultura de massa, como abordada pelos sociólogos Adorno e Horkheimer, tem desvirtuado as ideologias, resumindo toda a cultura em impulsos consumistas. Nesse aspecto, a publicidade cada vez mais apelativa, tem convencido, através de artifícios como propagandas infantis e o aparente ideal de felicidade, ligado à posse do produto, os mais diversos indivíduos da importância do supérfluo e do desnecessário. Ademais, na contemporaneidade, até mesmo as relações e as pessoas, tem sido consideradas como mercadorias, intensificando a ideia de que ter é maior que ser. Nesse contexto, é cada vez mais comum a preocupação do indivíduo frente a sua imagem na sociedade, utilizando de métodos como a posse de bens de luxo e roupas “de marca”, para transpassar uma boa impressão. Além disso, a pós-modernidade, como estudada pelo sociólogo Zygmunt Bauman, traz em si valores como uma superficialidade das relações interpessoais, aliada a um imediatismo desproporcional. Nessa conjuntura, a angústia devido a essa fluidez das relações, junto a uma falta de perspectiva de fuga dessa realidade, levam o indivíduo a buscar no consumo, uma solução para os seus problemas. Desse modo, é necessário uma transformação na mentalidade populacional, através de ações como o financiamento de práticas genuinamente culturais por meio do Ministério da Cultura. Por outro lado, cabe ao Ministério da Educação formular campanhas que preguem a limitação do modelo consumista, defendendo valores vitais como a família e os amigos na construção da felicidade. Finalmente, compete à própria população refletir o contexto em que está inserida, através da formação de um espírito crítico, levando a uma diminuição da impulsividade por comprar.