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Enviada em: 15/07/2018

As Revoluções Burguesas dos séculos XVIII e XIX garantiram ao mundo a predominância de uma sociedade capitalista baseada no consumo. Desde então, invenções e descobertas tornaram-se cada vez mais comuns e acessíveis aos indivíduos. Tal avanço, entretanto, apresenta um lado danoso ao cotidiano: os objetos passam a serem considerados obsoletos em um curto período de tempo e o incentivo ao consumo ameaça a natureza e a sanidade da população.      Nesse contexto, a alta necessidade do uso de recursos torna o meio ambiente vulnerável à mudanças e incerto para o futuro. A exploração predatória e o uso irresponsável dos patrimônios naturais ocasionam, desse modo, a diminuição de oferta de recursos indispensáveis a sobrevivência, transformando-se em um fator limitante ao crescimento de uma nação. Esse panorama já é, segundo dados da ONU de 2014, responsável por pelo menos 40% dos conflitos internos de países.        Além disso, a sociedade de consumo aliena a população. A mídia, nesse sentido, assume um papel de protagonismo ao coagir os telespectadores ao consumo de marcas e produtos que, apesar de apresentarem pouca utilidade, representam um modo de vida vendido como superior em filmes e propagandas. Sob esse panorama, a rapidez com que celulares são comercializados e substituídos por modelos com poucas alterações, demonstram a superficialidade do consumo atual.        As alterações históricas pelas quais a sociedade passou mudaram substancialmente o modo com que o homem relaciona-se com o meio ambiente e com os seus semelhantes. Para evitar o agravamento das consequências de uma sociedade de consumo deve-se, portanto, conter os aspectos danosos e predatórios do processo produtivo. Assim, o Governo deve criar comissões formadas por ambientalistas e pela Polícia Federal para fiscalizar e garantir o cumprimento das já existentes Leis Ambientais que protegem os biomas da exploração desmedida. Além disso, deve haver a limitação, por meio de canais de comunicação, de propagandas vinculadas ao consumo, limitando-as à horários de menor pico de audiência. Com tais medidas é possível proteger o meio ambiente e seus habitantes.