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Enviada em: 05/08/2018

A partir da decadência do modelo Taylorista de produção, onde havia produtos duradores e monótomos, durante a década de 70, a indústria passou a pregar pelo novo modelo Toyotista, pelo qual novos objetos são substituídos com grande frequência. Assim, o uso da obsolescência programada se faz como meio industrial de manter o mercado ativo. Cabe, entretanto, ressaltar que as consequências de tal prática são danosas tanto à sociedade quanto ao meio ambiente.       Vale, em primeiro lugar, salientar que, hoje, vivemos em época de culto exacerbado ao produto, que nos faz ser a verdadeira mercadoria.  A partir do circulo vicioso de consumo, onde a sociedade se sente na obrigação de comprar por intermédio de propagandas e de constantes novos produtos, a obsolescência programada surge como peça chave para a indústria, dando ao povo, que passa achar normal a curta vida de duração dos produtos, motivo necessário para consumo. Tal ideia é corroborada a partir das ideia de Adorno e Horkheimer da formação de uma indústria cultural que molda as atitudes das pessoas.       É importante, também, dizer que o maior consumo de produtos, por meio da obsolescência acarreta, consequentemente na maior produção de lixo. Recentemente, houve grande discussão em assembleias da ONU devido ao tráfico de lixo realizado por países europeus, que enviavam seu lixo eletrônico, como aparelhos antigos e quebrados, para a África ao uso de envio de mercadorias como desculpa para degradar o meio ambiente africano. Tal fato, demonstra o perigo ambiental causado pela obsolescência, que, em muitas vezes, é ignorada pelo povo.       Se faz necessário, portanto, que o governo, por intermédio da mídia, principalmente televisiva e radialista, em propagandas e entrevistas com especialistas conscientize a população sobre a obsolescência programada, além de incentivar a reciclagem e destinação correta de lixos eletrônicos, e a manutenção de aparelhos, quando possível, em lugar da troca. Assim, a  sociedade e o meio ambiente serão preservados.