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Enviada em: 30/07/2018

Segundo a Primeira Lei de Newton, todo corpo mantém sua tendência de movimento até que uma força faça-o mudar de percurso. Analogamente, a lei da inércia vai ao encontro da problemática referente à produção de eletrônicos perecíveis e, posteriormente, a destinação incorreta desses resíduos no Brasil, levando a formação de "cemitérios" com inúmeros aparelhos que poderiam ser reaproveitados.    Em primeiro plano, a história analisa o começo desse impasse. A Terceira Revolução Industrial no século XX deu início a fabricação em massa dos artigos eletrônicos. Todavia, não foi planejado que essa a fabricação revolucionária na qual viabilizou que os bens de consumo chegassem a maioria da população mundial, viesse com um prazo de validade, a obsolescência programada. Dessa maneira, ratifica-se o pensamento de Zygmunt Bauman "Em tempos líquidos, nada foi feito para durar".    Ademais, esse método que visa a comercialização tampouco estudou o seu acúmulo e descarte. Atualmente, consoante a ONU, o Brasil é um dos países que mais produzem o ''e-lixo'' e não possui uma técnica de coleta efetiva. Desse modo, pessoas dispensam esses itens em lixeiras comuns ou terrenos baldios. Sendo assim, substâncias como mercúrio e chumbo afetam o meio ambiente e, consequentemente, à saúde dos cidadãos. Reafirma-se, portanto, a frase de Nietzsche "A modernidade é uma destruição criadora".    Diante do exposto, torna-se necessária uma intervenção estatal que estabeleça o tempo mínimo de vida dos aparelhos e atue na fiscalização das empresas praticantes da obsolescência programada. Dessa forma, será aplicado punições comerciais aquelas que não se adequarem às normas, a fim de promover a equidade ambiental. Outrossim, o governo também deve construir centros de reciclagem de eletrônicos, com a premissa de se aproveitar o máximo possível dos materiais e tratar em unidades especializadas os componentes tóxicos. Com isso, ao aplicar forças de ação, será possível mudar o percurso do problema.