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Enviada em: 06/08/2018

Obsolescência programada: uma pedra no meio do caminho      A Teoria Ecomalthusiana aponta o crescimento populacional como o elemento responsável pela degradação ambiental. Hodiernamente, o consumismo é altamente valorizado e a obsolescência programada é tida como uma ferramenta crucial na manutenção da indústria cultural. Nesse contexto, é necessário maior zelo com os perigos da obsolescência programada: a exploração mineral desenfreada e a destruição do planeta.     Em primeira análise, pontua-se que os recursos minerais surgiram no período pré-cambriano e, indubitavelmente, são exauríveis. No Brasil, por exemplo, a extração do ouro de aluvião durou cerca de 200 anos e rapidamente se esgotou. Os recursos extraídos jamais serão recuperados e,tampouco, utilizados pelas próximas gerações. Em suma, esse é o princípio básico da obsolescência programada: tornar o tempo de vida útil dos produtos o menor possível e não se preocupar com o resultado dessa ações.     Além disso, a maior vítima é o próprio planeta Terra. Destruição de biomas, morte de espécies endêmicas e aquecimento global são alguns dos inúmeros efeitos adversos da obsolescência programada. Conforme os estudos de Zygmunt Bauman, a Modernidade Líquida valoriza somente a efemeridade e fluidez dos bens, o que constitui— novamente— o princípio básico da obsolescência programada.      Medidas são necessárias, portanto, para valorizar o consumo consciente e a sustentabilidade.O Ministério do Meio Ambiente deve instituir que a exploração seja lenta e gradual e garantir o cumprimento da regra, por meio da contratação de geólogos que fiscalizem os núcleos de extração mineral. Outrossim,o indivíduo deve adotar o movimento underground, ou seja, valorizar aquilo que não é padrão e, dessa forma, desestabilizará os princípios básicos da obsolescência programada. Por conseguinte, mais uma pedra será retirada do meio do caminho do desenvolvimento social e ambiental da nação, parafraseando Carlos Drummond de Andrade.