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Enviada em: 30/08/2018

A obsolescência programada é a data de validade dos aparelhos eletrônicos. Além de ser uma consequência do capitalismo, ela auxilia na manutenção do ciclo da economia gerando lucro. Entretanto, é uma é uma prática nociva a humanidade, visto que aumenta o consumismo e impacta, negativamente, na natureza. Diante disso, torna-se passível de discussão os perigos dessa manobra econômica.   Assim como, o fordismo é caracterizado pela padronização dos produtos, no toyotismo, modelo mais vigente, o ponto forte é a personalização deles. Esse fator reforça, ainda mais, a prática do consumo, principalmente, em se tratando dos celulares. As empresas veem na obsolescência programada uma forma de aumentar as vendas, isso fica nítido, por exemplo, nas multinacionais Apple e Samsung que lançam modelos de smartphones sem muitas diferenças nos softwares e hardwares, com preços elevados e,ainda, possuem mercado. A posse frenética desses produtos nem sempre tem haver com alto poder de compra,mas com aceitação social e moda. Isso promove a Segregação Socioespacial, conceito defendido pelo geógrafo Milton Santos,  que consiste na exclusão de pessoas que não se encaixam no padrão imposto na sociedade. Desse modo, o consumo deve ser feito de maneira responsável, a fim de evitar gastos desnecessários e fomentar a desigualdade.    Somado a isso, o longa metragem Procurando Dory mostrou eletrodomésticos, no fundo do mar, porém na realidade não é diferente. Ver pilhas, baterias, televisões, entre outros, nas costas das praias e dos rios não é incomum, pois muitas cidades não possuem um lugar para coleta desses aparelhos e nem mesmo um lixão regulamentado pelas regras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Devido a isso, animais engolem esses objetos e comprometem sua saúde, plantas entram em contato com produtos tóxicos que podem causar bioacumulação, além disso, os humanos têm a estética natural prejudicada e mais um agravante na extinção de alguns seres da fauna e da flora. Logo, se não ocorrer um descarte efetivo desses lixos os biomas começarão sofrer sérios danos.   Dessa forma, a validade dos eletrônicos é problemática, não só, na alta quantidade desses bens, mas também, no descarte deles. Para amenizar os efeitos desse fenômeno, cabe ao governo, em parceria com as mídias, criar propagandas que incentivem o consumo consciente e a doação do aparelhos não usados. E, em aliança com os prefeitos municipais, organizar datas e locais para coleta desses produtos, além disso, liberar verba para construção dos lixões, seguindo a ABNT. Só assim, o número desses produtos diminuirão e, também, a presença deles nas encostas aquáticas. Tudo isso, suavizará os impactos da obsolescência programada na sociedade.