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Enviada em: 23/10/2018

Há duas décadas, as indústrias objetivavam criar produtos com grande durabilidade, como por exemplo os antigos telefones da Nokia. No entanto, com a crescente busca pelo lucro, as empresas optaram pela obsolescência programada para fomentar o consumo, além de incentivar os jovens a adquirir produtos inovadores. Consequentemente, surgem problemas ambientais e financeiros que necessitam de medidas que amenizem a situação.       Em primeira análise, quando o sociólogo Bauman afirma que na sociedade atual nada é feito para durar, ele ratifica a ideia de que as empresas já criam seus produtos com durabilidade mínima. Logo, com a redução da vida útil dos aparelhos, o consumo aumenta e a lucratividade atinge o patamar máximo. O problema acerca disso é que não há um descarte correto dos equipamentos em desuso e o meio ambiente acaba sendo diretamente afetado.       Ademais, consoante ao pensamento do filósofo Aristóteles de que há pessoas que gastam como se fossem morrer amanhã, entende-se que o capitalismo fomenta a aquisição de produtos mais modernos, criando jovens sedentos por novidade. Dessa forma, muitas pessoas gastam mais do que seu orçamento suporta, a fim de estar sempre em contato com o que há de mais novo no mercado. É nesse contexto que o endividamento familiar começa a surgir.        Em síntese, a obsolescência programada é fruto da ambição das empresas e da curiosidade dos indivíduos pelo novo. Logo, cabe às empresas criar aparelhos que atendam às necessidades das pessoas de forma abrangente, por meio do lançamento de novos produtos apenas de acordo com os anseios da população, sem incentivar o consumo em massa. Além disso, recolher os antigos aparelhos para oferecer um destino correto, a fim de que o meio ambiente e as condições financeiras sejam preservadas.