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Enviada em: 24/10/2018

Após a Revolução Industrial, parte da humanidade evolui do meio natural para o meio técnico de acordo com o geógrafo Milton Santos. No entanto, várias contradições emergiram dessa nova forma de relação com o espaço, notadamente a obsolescência programada, a qual é bastante prejudicial ao meio ambiente e ao consumidor. Logo, urgem ações do Estado e da sociedade civil que visem ao enfrentamento dessa questão.                Nesse contexto, é importante pontuar, de início, que as empresas modernas adotam o modelo de produção da obsolescência programada, em que os produtos têm durabilidade curta. Essa ideia capitalista é extremamente grave ao meio ambiente, pois aumenta exponencialmente a extração de matéria-prima e a produção de lixo. Isso é ratificado pelo fato de o Brasil ter aumentado em 29% a quantidade de lixo produzido por ano em apenas 11 anos, alcançando taxas de países desenvolvidos.             Com efeito, é substantivo destacar, ainda, que o sociólogo Durkheim conceituou Fato Social como uma forma coletiva de pensar e agir, em que se percebe generalidade, exterioridade e coercitividade. Esse pensamento se encaixa perfeitamente na obsessão que parte da sociedade tem por produtos de última geração, como celulares e computadores, os quais renovam em velocidades imensas. Tal comportamento é grave, porque prejudica toda a sociedade, a qual se torna refém da capacidade tecnológica das grandes empresas.               Portanto, é mister que o Estado, por meio do Congresso Nacional, aprove leis que façam as empresas se comprometerem na fabricação de produtos com durabilidade longa, com o fito de atenuar os impactos gerados pela extração de recursos e pela produção de lixo. Às escolas e às universidade, por intermédio de palestras, cabe a conscientização da sociedade acerca da necessidade de consumir conscientemente, a fim de que as pessoas não se tornem vítimas de um pensamento capitalista.