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Enviada em: 02/11/2018

A Crise de 1929 levou a mudanças significativas na economia de todo o mundo, e consequentemente na forma de consumo. Pessoas passaram a comprar menos, o que levou as empresas a pensarem em uma nova forma de aumentar seus lucros. A obsolescência programada surge a partir deste momento, em que é observado que o consumo de um produto é inversamente proporcional a sua durabilidade. A partir disso, os produtos passam a sair de suas fábricas já com um curto prazo de validade, gerando mais consumo e consequentemente, mais lixo.   A sociedade atual é amplamente influenciada pela mídia e pelas aparências. É comum observarmos empresas lançarem novos aparelhos eletrônicos, que, mesmo sem muitas novidades, esgotam rapidamente nos estoques. Desta forma, é possível concluir que a obsolescência programada influi diretamente na sociedade de consumo, partindo do principio de que em uma sociedade movida por consumismo e pelas aparências, ter é mais importante que ser.    Além de gerar um consumismo exacerbado, a obsolescência programada influi também no meio ambiente. O Brasil é o segundo maior produtor de lixo eletrônico na América. Isso se deve ao fato de que cada vez mais brasileiros descartam seus aparelhos eletrônicos com meses de uso, gerando um ciclo de produção de lixo insustentável. Esse descarte se dá por dois motivos principalmente: ou o produto avariou rapidamente ou se tornou velho diante das novidades, ambos reflexos da obsolescência programada.   É inegável, portanto, que a obsolescência programada gera impactos negativos na sociedade brasileira. Devido à isso é necessário que o governo, com a finalidade de reduzir tais impactos, invista em campanhas para conscientização da população acerca dos efeitos negativos do consumismo, assim como incentivar o consumo sustentável, a fim de proteger o meio ambiente. Para isso, deve também incentivar a reciclagem e o reuso.