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Enviada em: 23/02/2019

O mundo capitalista, após a crise de 1929, revolucionou seu método de produção industrial, partindo do pressuposto das mercadorias duráveis e de estoques imensos, para produtos com prazos de validade pré-estabelecidos. Ademais, esse processo é intensificado na década de 70 com a adoção do modelo toyotista, e seus ideais de produção de artefatos de qualidade, mas com durabilidade baixa. Entretanto, a imposição das empresas para que ocorra a troca contínua desses aparelhos agride algo muito maior que apenas o bolso do consumidor.     Assim, tais imposições tornam-se estratégicas para a manutenção da média de vendas, assim como, para aumentar o lucro dos grandes empresários. Exemplo disto, foi o recente escândalo envolvendo a empresa Apple, que, em 2017, assumiu reduzir a autonomia das baterias de seus aparelhos com o tempo. Isto torna-se viável para a empresa, pois, financeiramente, é mais válido para o consumidor investir em um aparelho novo, a uma única peça individual. Destarte, o aparelho obsoleto torna-se um empecilho, evidenciando o grande impasse acerca desse processo.     Desse modo, o descarte indevido destes artefatos eletrônicos torna-se um dos grandes vilões do meio ambiente, pois, eles liberam resíduos pesados que contaminam solos, lençóis freáticos e interferem nas cadeias alimentares. Assim, as consequências acabam voltando para o próprio ser humano, como as diversas intoxicações por metais pesados, provenientes de alimentos cultivados em solos contaminados. Isto é ainda mais evidenciado graças a um levantamento da ONU em 2017, estimando que a humanidade produziria cerca de 65,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico ao final do ano. Em vista disso, mudanças urgentes são imperativas.    Dessa forma, através do pensamento do diretor da fundação Greenpeace, Paul Watson “Inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente”, percebe-se uma preocupação acerca do assunto. É possível, no entanto, solver este impasse ambiental acionando o Poder Legislativo na elaboração de uma lei que obrigue, e fiscalize as empresas a recolher seus aparelhos, e executar a reciclagem e o descarte apropriado destes resíduos, através de postos de coleta em locais autorizados pelas empresas e pelo governo. Assim, além de estarem causando menores impactos ambientais, as empresas estão reduzindo gastos com matérias-primas e aumentando o lucro, algo tão almejado pelos grandes empresários.