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Enviada em: 28/02/2019

A obsolescência programada surgiu com a ideia de romper com a lógica de produção fordista, no qual os produtos tinham um caráter padronizado e durável. Hodiernamente, para manter a média de vendas, as indústrias reduzem o tempo de vida dos produtos, porém tal prática prejudica diretamente todos presentes no mundo. Nesse sentido, convém analisar o porque o tema é um perigo e o que impede-o de ser resolvido.     Em primeiro lugar, destaca-se o aumento dos lixões tecnológicos. Tendo em vista que, a "morte" programada dos produtos impossibilita que o mesmo possa ser concertado ou que tenha algum valor, e isso inviabiliza a reciclagem. Cumpre enaltecer o longa Wall-E, ficção que trata dos resultados da obsolescência programada, como, por exemplo, a contaminação do solo, da água e do ar, pela grande  quantidade de metais pesados e pela emissão do nocivo CO2. Logo, é de suma importância que medidas sejam tomadas, já que os resultados da obsolescência se manifestam cada vez mais, cita-se, por exemplo, o aquecimento global.     Outrossim, ressalta-se o consumismo como impulsionador do problema. Visto que, a sociedade atual relaciona o consumo como a obtenção da felicidade. Fica evidente que, a partir da mecanização da produção, o estímulo ao consumo tornou-se um fator primordial para a manutenção do sistema capitalista. Assim, de acordo com o filósofo Karl Marx, para que esse incentivo ocorresse, criou-se o fetiche sobre a mercadoria: constrói-se a ilusão de que a felicidade seria encontrada a partir da compra de um produto. Decerto, pode-se notar como a sociedade relaciona esses dois fatores, por meio dos noticiários, no mês que ocorre a "black friday", no qual mostra com frequência as pessoas com sorriso no rosto e a formação filas dia antes do evento.    Com o objetivo de evitar que a obsolescência programada continue prejudicando o planeta, portanto, cabe ao Governo Federal punir as empresas que fazem isso de modo abusivo, por meio de políticas públicas, como a regulatória. A fim de que, o tempo médio de vida dos produtos sejam preservados por mais tempo, de modo que o mesmo não seja descartado previamente. Ademais, é dever do Ministério do Meio Ambiente em parceria com a mídia mostrar para a população as consequências do consumismo, a partir de fotos, vídeos e dados estatísticos, durante o comercial de cada programação, para que a sociedade passe a ter um consumo consciente.