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Enviada em: 24/04/2019

A queda do consumo nos anos 20 aconteceu devido à alta durabilidade do que era produzido e resultou na crise de 1929. Daí, surgiu a obsolescência programada, que reverteu esse quadro. No entanto, tal fenômeno trouxe, para a sociedade brasileira, perigos como o acúmulo de lixo eletrônico e o realce da desigualdade econômica, o que se torna algo passível de discussão.    Em primeira análise, o acúmulo de lixo eletrônico advém da falta de preparo do país para a reciclagem desse. Prova disso foi o acidente radioativo em Goiânia, que ocorreu em 1987, após uma exposição ao Césio 137- elemento químico radioativo- presente em uma máquina abandonada de forma inadequada, que foi encontrada por catadores informais e despreparados. Essa exposição causou 4 mortes e danos para toda a cidade. Portanto, percebe-se que o acúmulo de lixo eletrônico é um perigo para a sociedade.   Outrossim, a obsolescência programada realça a desigualdade econômica presente no Brasil. Segundo o sociólogo Karl Marx, existe a chamada "Luta de Classes", em que a classe rica permanece rica e a de baixa renda permanece pobre. Logo, a classe abastada permanece adquirindo os produtos em alta e a menos favorecida com dificuldade para tal, o que amplia a desigualdade em decorrência da obsolescência programada.    Diante dos argumentos supracitados, é dever do Ministério das Cidades promover cursos capacitadores de reciclagem de eletrônicos, por meio de profissionais da área, expondo os riscos e as melhores formas de aproveitamento desse lixo. Isso, se voltado para catadores informais e pessoas de baixa renda, poderá, simultaneamente, combater o acúmulo de lixo e melhorar as condições financeiras desses, reduzindo a desigualdade econômica. Somente assim, os perigos da obsolescência programada serão suprimidos da sociedade brasileira.