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Enviada em: 06/05/2019

Reféns do consumo  A obsolescência programada é uma redução gradativa da vida útil dos produtos e tem por objetivo faze-los quebrar ou tornar inútil, sendo necessário trocar o objeto. A indústria de bens utiliza desse recurso para estimular o consumismo desenfreado e o acúmulo de bens, resultando na ampliação do lixo urbano. Além disso, contribui para a transformação do comportamento do indivíduo, tornando refém do “Consumo, logo existo”. O sistema capitalista que nasceu na Europa Ocidental com o feudalismo em forma de escambo, ganhou enormes proporções até se tornar o que é hoje.  A evolução desse capitalismo até o início da obsolescência programada causou o consumismo desenfreado, já que torna necessário ao consumidor voltar a adquirir novos produtos rapidamente, além da diversificação dos artigos usada para seduzir o consumidor. Tudo isso é responsável por provocar o acúmulo de bens efêmeros e a consequente ampliação do lixo urbano.   O sociólogo Zygmunt Bauman trouxe ao mundo a frase “Consumo, logo existo”, e demonstrou que, na sociedade pós-moderna, a condição indispensável à vida é o consumo. A obsolescência programada provocou a transformação do comportamento do indivíduo tornando-o refém desta ideia através da mudança de “status” social que a posse de novos produtos trouxe para os consumidores, analogamente, o ter virou sinônimo de ser.  Portanto, cabe ao Ministério da Educação junto ao Ministério do Meio Ambiente promover a transformação da mentalidade do indivíduo baseado na educação financeira com base no conceito individual do minimalismo e da sustentabilidade; através de aulas e palestras nas escolas e universidades, ministradas por psicólogos, economistas e ambientalistas, para explicar os perigos da obsolescência programada no indivíduo e para o meio ambiente. Assim, é possível desconstruir o hábito do consumismo e da dependência pela compra de produtos desnecessários.