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Enviada em: 03/07/2019

A Quarta Revolução Industrial ocorre atualmente, no século XXI, ocasionando a promoção e disseminação de tecnologias avançadas e com fácil acesso. No entanto, a obsolescência programada (redução da vida útil dos produtos) impulsiona o consumismo, por gerar a necessidade de produtos novos para a substituição dos antigos. Desse modo, coloca-se em risco o planeta e a vida, pelo esgotamento dos recursos naturais para a sustentação do modelo de consumo adotado, aliado à desinformação sobre o consumo adequado, impulsiona o comprometimento do futuro do planeta terra.   Em primeira instância, a fabricação de novos produtos ocorre de forma linear, não havendo a reciclagem do produto final quando este se torna obsoleto, pela presença da obsolescência programada, ocorrendo a necessidade de exploração dos recursos naturais para suprir a necessidade fabril e demanda do mercado. A intensa exploração do pau-brasil foi um dos resultados do fato supracitado, pois tal árvore era intensamente utilizada, no século XVI, para a fabricação de tintas para os tecidos finos da Europa, contribuindo, para que, atualmente, a Mata Atlântica possua apenas 5% da sua cobertura original. Sendo assim, o modelo linear de produção e a forma de consumo da população, em que a demanda é crescente e constante pela necessidade de novas mercadorias, constroem um quadro de utilização e exploração em grande escala dos recursos naturais do mundo.   Ademais, a desinformação da sociedade sobre o modo adequado  e consciente de consumo, leva ao fortalecimento e disseminação da utilização da obsolescência programada nos produtos, para  que se tenha o fortalecimento do sistema capitalista. Nesse contexto, o consumidor prejudicado pela obsolência programada e/ou não obtentor de informações amplas sobre às características do produto, poderá se valer do Poder Judiciário para reparar sua insatisfação, segundo o site do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). No entanto, poucos brasileiros obtém informações sobre seus direitos e/ou conhecem a obsolescência programada presente nos produtos. Assim sendo, tais indivíduos são vítimas da redução da vida útil das mercadorias e do mercado, por não possuírem uma educação que os alicerçasse em tais conhecimentos, que ocasiona o fortalecimento do consumismo.   Para que as consequências da obsolescência programada sejam amenizadas, portanto, o Ministério da Educação, aliado ao Idec, deve promover a educação sobre o consumo adequado e o modelo de produção atual - visando, especialmente, a educação fundamental, por ser o período de construção da base educacional da sociedade. Deve-se, também, que o Ministério do Meio Ambiente, melhore a fiscalização dos recursos naturais. A partir de tais ações, poder-se-á amenizar os perigos que a obsolescências programada acarreta e se ter uma Revolução Industrial menos prejudicial ao meio.