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Enviada em: 03/07/2019

O sistema de produção com excedentes não é de hoje. Foi exatamente esse excedente que virou uma moeda de troca, o chamado, escambo. Com o passar do tempo surge um novo sistema econômico, o capitalista. Desde então, os fabricantes partem da premissa que todos os produtos devem ser fabricados com curta vida útil. Porém, a atualidade vivencia em todo o globo o descontrole na produção de lixo e excedentes de produção, resultados do consumo desenfreado e da obsolescência sem regulação dos produtos. Em primeiro lugar, podemos citar o sistema feudal, esse período deu início a prática de produção de excedentes na agricultura e com a demasia de perecíveis começou a fazer troca entre os produtores e assim não ter perda da produção. Do mesmo modo, na atualidade os empresários planejam a criação de um bem dando ênfase no seu período de utilidade, para que se obtenha um ciclo contínuo de compra e troca do bem e com isso a média das vendas se mantenham constante. Em seguida, é possível citar crise de 1929, e as transformações decorrentes. O sistema econômico de muitos países se tornou capitalista, surgindo uma mão de obra assalariada e consumidora. Mas esse consumo era erguido sob uma produção com grandes estoques, porém, o que os consumidores não sabiam era que os produtos já vinham com prazos de validade previamente estabelecidos e curtos. Esse prazo nada mais é que o prazo para rotatividade de troca do produto e movimentação no mercado de vendas, e consequente equilíbrio no lucro dos empresários. Dessa forma, surge o consumismo que fica a mercê da obsolescência dos produtos. Por outro lado, essas mudanças comportamentais e de produção, acarretaram uma enorme quantidade de lixo doméstico e industrial. Frequentemente, esses resíduos das produções fabris e industriais, assim como o doméstico, não têm o seu devido descarte, o que acaba por gerar grande problema ambiental, para a sociedade e demais espécies do planeta, como exemplo a poluição hídrica. Pois, devido aos resíduos líquidos tóxicos das indústrias e lixões, esse líquido acaba alcançando os lençóis freáticos poluindo as águas subterrâneas. Da mesma forma, pesquisa realizada pelo jornal Folha de São Paulo, para mensurar o perfil de compras dos brasileiros pelo, teve como índice mais significativo a efetivação de compras por impulso. Igualmente, uma pesquisa realizada pelo O Globo, resultou que 76% dos brasileiros não praticam o consumo nem descarte de lixo de forma consciente, o que leva ao resultado de enorme volume de lixo e ao descontrole no faturamento pessoal. Em suma, o descontrole de produção é um perigo para a sociedade. Logo, se faz necessária à conscientização pessoal, podendo ser alcançada através de palestras, desde centros comunitários, até escolas, por psicólogos e economistas, escolhidos pelo Ministério da Saúde e Ministério da Economia, esses encontros podem ser divulgados nos canais televisivos e jornais de grande circulação, porem que oportunizem a participação de forma presencial e a distância, através das plataformas socais como “Faceboock” e “Instagram”. Além disso, e para um maior controle na obsolescência dos produtos, os órgãos de defesa do consumidor e INMETRO devem fiscalizar com mais rigor as empresas e seus produtos, tendo em vista a clareza de informações e os direitos dos consumidores. E por fim, o trabalho de fiscalização, nas empresas pelo Ministério do Meio Ambiente, para que se cumpram as exigências para o correto descarte dos lixos, e possíveis manejos para o reaproveitamento dos produtos descartados.