Materiais:
Enviada em: 13/07/2019

Nas duas últimas décadas a preocupação com o desenvolvimento sustentável tornou-se pauta nas principais reuniões internacionais, Devido principalmente aos avanços nas pesquisas sobre os impactos ambientais gerados pelo ser humano. No entanto, é válido afirmar, que esse receio encontra-se recente em relação ao longo histórico de extração de recursos ambientais pela população. Sendo importante discutir os perigos gerados pela obsolescência programada de produtos, tanto pelo viés ético de produzir algo de vida útil baixa, quanto pelo aspecto da poluição gerada por esse modelo produtivo.   Primeiramente, é importante relacionar o período curto de vida útil de muitos objetos atuais com a ética do consumo. Com o enfraquecimento do modelo Fordismo-Taylorismo, chegou-se em um momento de queda de mercado na qual praticamente todos os compradores já possuíam a mercadoria e estavam satisfeitos. Sendo então necessário uma mudança da visão de comércio. Estabelecendo que era essencial, itens menos duradouros e com maior valor agregado. Entretanto, na atualidade é necessário estabelecer esse como um marco para a intensificação da segregação social, na qual existem camadas da sociedade que não desfrutam desse conforto. Porque não possuem condições financeiras de adquirir esses produtos, formando uma sociedade na qual consumir é um fator gerador de status. O que acaba incentivando ainda mais essa camada média da sociedade às compras.   Além disso, é impossível não relacionar a intensificação do consumo com o aumento da produção de lixo, fazendo-se necessário analisar o destino desses detritos. Os países ricos e industrializados com o intuito de evitar a necessidade de ações ambientais no próprio território, exportam não somente o lixo proveniente desse consumo desenfreado. Como também a responsabilidade para com o meio ambiente. Bem como analisado pela Unep (Órgão da ONU especifico para o meio ambiente), que afirma que 90% de todo o lixo eletrônico do mundo é encaminhado para países africanos. Somados aos estudos da UNU (universidade das nações unidas) apontam que há uma produção mundial anual maior que 40 milhões de toneladas de detritos tecnológicos, que são levadas para territórios mais pobres e que geralmente sofrem com falta de infraestrutura.   Logo, sabendo que a proposta de conservação da natureza pode andar concomitantemente ao desenvolvimento, é importante que se estabeleça metas a médio prazo para promover a solução do problema. Sendo, portanto, necessário que a Assembleia do Meio Ambiente da ONU viabilize através de pactos entre os países a regulamentação deste problema. Debatendo tanto o desgaste prematuro de produtos eletrônicos, que são os mais consumidos e perdem mais rápido à sua utilidade, quanto com a infraestrutura para destinação desse lixo de forma correta. Para que assim o ideal de desenvolvimento sustentável seja alcançado e a dificuldade gerada pela obsolescência programada seja superada.