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Enviada em: 16/07/2019

De acordo com o químico Lavoisier na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Incontestavelmente, no mundo natural as coisas passam por um processo de decomposição, no qual será reposta na natureza para ser reutilizada. Contudo, no cenário contemporâneo, com o advento da tecnologia e o uso de materiais não biodegradáveis, essa reutilização está sendo ameaçada, haja vista a obsolescência programada, na qual os produtos são produzidos com o fito de uma breve vida útil. Sendo assim, pode-se afirmar que corrobora a causa, a cultura do consumo e a liquidez social.  No que tange a cultura de consumo, esta se perpetua desde a Revolução Industrial, na qual produtos inovadores foram sendo produzidos e assim, atraindo o interesse de posse do povo. Não obstante, hodiernamente, a indústria cultural que utiliza das propagandas para manipular o consumidor para o consumo, contribui para a permanência dessa obsolescência, e por efeito, a cultura de consumo entra num ''loop'' vicioso, sempre buscando o produto "da moda". Por conseguinte, um grande contingente dos produtos que foram descartados para adquirir ao novo se acumula na natureza, sem previsão de serem reutilizados.   Ademais, a liquidez social que vive-se atualmente coadjuva o imbróglio. De acordo com Zgymun Bauman, vive-se em um ambiente de modernidade líquida, cuja as relações sociais são frívolas. Sob esse viés, percebe-se que essa frivilosidade estende-se a relação homem-natureza, uma vez que ocorre uma exploração demasiada por parte daquele, com o fito de atender a demanda de recursos naturais exigidos pela obsolescência programada. Por efeito, essa exploração que acontece por meio da destruição da fauna e da flora, tem por consequência o desequilíbrio ambiental, prejudicando o planeta.