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Enviada em: 13/08/2019

De acordo com o filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman em sua obra "Modernidade Líquida" de 1999, "O problema não é consumir, é o desejo insaciável de continuar consumindo". Nesse contexto, com a obsolescência programada dos produtos atuais, seja pela vida útil dos mesmos comprometida ou seja pelo meio ambiente sofrendo com o descarte inapropriado, são evidentes problemáticas que necessitam ser superadas.     Em primeiro lugar, com a Revolução Industrial a sociedade de consumo teve seu auge devido as indústrias necessitarem conhecer o seu público alvo, desenvolvendo produtos que atendam ao perfil de seus consumidores como incentivo de compra. Propositalmente, os produtos não oferecem uma boa vida útil e em um curto período de tempo é necessário a troca, entrando num ciclo contínuo e perigoso.   Outrossim, com a constante troca de produtos por outros, o descarte inapropriado é comum agravando o problema do lixo contaminado, podendo acarretar doenças à população que reside próximo de lixões à céu aberto. E tal problemática tende a aumentar, uma vez que segundo Bauman, as pessoas se sentem realizadas ao consumirem, é uma felicidade momentânea, mas insaciável.    Portanto, medidas necessitam ser tomadas para resolver o impasse. A população deve priorizar a compra em empresas que visem a qualidade além do lucro - e de preferência com materiais que colaborem com o meio ambiente - por meio de pesquisas acerca do tempo de decomposição de determinados materiais a fim de reduzir a obsolescência programada além de ajudar com o meio ambiente. Ademais, as empresas devem fornecer locais de descarte apropriado dos objetos por meio de postos de coleta do lixo contaminado, a fim de prevenir doenças.